separateurCreated with Sketch.

Felicidade não é sentimento – mas, às vezes, também se manifesta na alegria!

whatsappfacebooktwitter-xemailnative
Francisco Vêneto - publicado em 09/06/16
whatsappfacebooktwitter-xemailnative

A felicidade não é um distante e abstrato ponto futuro de chegada. A felicidade é o próprio trajeto.Na foto aqui acima, a irmã Veritas comemora os 25 anos de fundação das Irmãs pela Vida, uma congregação norte-americana criada em 1991 pelo cardeal John O’Connor para proteger e valorizar a sacralidade de toda vida humana. A imagem é de 1º de junho de 2016 – semana passada.

Dentro da espiritualidade cristã, a santidade implica felicidade. Não é possível ser santo e infeliz, já que ser santo é estar vitalmente unido a Deus e Deus é a própria Felicidade, pois Ele é a Realização Plena do Ser e a felicidade consiste em realizar-se plenamente.

Atenção: a felicidade não consiste em “ter-se realizado plenamente” – ela consiste em “realizar-se plenamente”, em “estar-se realizando plenamente”. A felicidade é um processo em andamento, é um agora, é um hoje, e não o efeito estático de um “ontem ideal”. Deus é Felicidade Plena porque Deus É – sempre!

Nem sempre, porém, a felicidade se manifesta de maneira festiva e exteriormente exultante: muitas vezes, nossos sentimentos podem estar “em baixa”, com as típicas e naturais variações do humor que afetam todo ser humano. Acontece que a felicidade não é um “sentimento”, nem um quadro médico de perfeito equilíbrio dos hormônios ou dos neurotransmissores: a felicidade é uma atitude consciente, é uma decisão consciente de vida, é a postura de quem reconhece com realismo, serenidade e maturidade que está em processo contínuo de “realizar-se”, inclusive no meio das provações e dificuldades mais desafiadoras.

Mesmo nos momentos de profundo desânimo sentimental, nos quais a “sensação” de alegria se apaga em trevas espessas, a pessoa que é feliz em seu espírito e em sua consciência se mantém serena: ela enfrenta com determinação e força as “sabotagens” do humor e dos sentimentos, pois não perde de vista a constatação objetiva de que as circunstâncias externas serão sempre variáveis – e de que é nelas que exercitamos, vivencialmente, o ato presente de “realizar-nos”, o ato presente de escolher livremente, agora, entre aquilo que importa de verdade e aquilo que é puramente secundário. A felicidade é uma questão de perspectiva no momento presente; é uma atitude positiva e decidida, sempre no agora, de aprendizado, de escolha, de crescimento, de superação e de aperfeiçoamento contínuo, quaisquer que sejam as circunstâncias; a felicidade não é um distante e abstrato ponto futuro de chegada: a felicidade é o próprio trajeto, é o próprio processo de realizar-se, consciente e perseverante. Agora. Não ontem, nem amanhã.

Mas também há momentos, é claro, e são muitos, nos quais a felicidade coincide com a alegria, que é um estado de bom humor e de sentimentos “leves”. É o caso desse instante singelo captado pela fotografia: a irmã Veritas brincando com as crianças e tornando-se uma delas!

Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Jesus Cristo, no Evangelho de Mateus, 18,3).

Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!

Aleteia vive graças às suas doações.

Ajude-nos a continuar nossa missão de compartilhar informações cristãs e belas histórias, apoiando-nos.