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Felicidade não é sentimento – mas, às vezes, também se manifesta na alegria!

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Francisco Vêneto - publicado em 09/06/16

A felicidade não é um distante e abstrato ponto futuro de chegada. A felicidade é o próprio trajeto.

Na foto aqui acima, a irmã Veritas comemora os 25 anos de fundação das Irmãs pela Vida, uma congregação norte-americana criada em 1991 pelo cardeal John O’Connor para proteger e valorizar a sacralidade de toda vida humana. A imagem é de 1º de junho de 2016 – semana passada.

Dentro da espiritualidade cristã, a santidade implica felicidade. Não é possível ser santo e infeliz, já que ser santo é estar vitalmente unido a Deus e Deus é a própria Felicidade, pois Ele é a Realização Plena do Ser e a felicidade consiste em realizar-se plenamente.

Atenção: a felicidade não consiste em “ter-se realizado plenamente” – ela consiste em “realizar-se plenamente”, em “estar-se realizando plenamente”. A felicidade é um processo em andamento, é um agora, é um hoje, e não o efeito estático de um “ontem ideal”. Deus é Felicidade Plena porque Deus É – sempre!

Nem sempre, porém, a felicidade se manifesta de maneira festiva e exteriormente exultante: muitas vezes, nossos sentimentos podem estar “em baixa”, com as típicas e naturais variações do humor que afetam todo ser humano. Acontece que a felicidade não é um “sentimento”, nem um quadro médico de perfeito equilíbrio dos hormônios ou dos neurotransmissores: a felicidade é uma atitude consciente, é uma decisão consciente de vida, é a postura de quem reconhece com realismo, serenidade e maturidade que está em processo contínuo de “realizar-se”, inclusive no meio das provações e dificuldades mais desafiadoras.

Mesmo nos momentos de profundo desânimo sentimental, nos quais a “sensação” de alegria se apaga em trevas espessas, a pessoa que é feliz em seu espírito e em sua consciência se mantém serena: ela enfrenta com determinação e força as “sabotagens” do humor e dos sentimentos, pois não perde de vista a constatação objetiva de que as circunstâncias externas serão sempre variáveis – e de que é nelas que exercitamos, vivencialmente, o ato presente de “realizar-nos”, o ato presente de escolher livremente, agora, entre aquilo que importa de verdade e aquilo que é puramente secundário. A felicidade é uma questão de perspectiva no momento presente; é uma atitude positiva e decidida, sempre no agora, de aprendizado, de escolha, de crescimento, de superação e de aperfeiçoamento contínuo, quaisquer que sejam as circunstâncias; a felicidade não é um distante e abstrato ponto futuro de chegada: a felicidade é o próprio trajeto, é o próprio processo de realizar-se, consciente e perseverante. Agora. Não ontem, nem amanhã.

Mas também há momentos, é claro, e são muitos, nos quais a felicidade coincide com a alegria, que é um estado de bom humor e de sentimentos “leves”. É o caso desse instante singelo captado pela fotografia: a irmã Veritas brincando com as crianças e tornando-se uma delas!

Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Jesus Cristo, no Evangelho de Mateus, 18,3).

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