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Abastecendo a estupidez juvenil – literalmente

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Francisco Vêneto - publicado em 13/06/16

Que tipo de "cultura" leva jovens a morrer por ingestão de combustível com refrigerante?

A fim de “experimentar novos efeitos da embriaguez”, jovens dos Estados Unidos estão bebendo uma mistura de combustível com refrigerante. Pelo menos dois morreram e mais dois foram hospitalizados com intoxicação, neste ano, depois da “aventura”.

Conforme nota da revista Veja, os mortos foram dois adolescentes de 16 anos, que, em janeiro, beberam refrigerante com metanol durante uma festa no Estado do Tennessee. Os dois jovens intoxicados que sobreviveram ingeriram cerca de 60 ml da mistura. Não se conhece a quantidade bebida pelos adolescentes que morreram.

O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos destaca que o metanol é um solvente orgânico encontrado em laboratórios e indústrias e que a ingestão de uma simples colher de sopa (15 ml) já pode ser fatal. A mistura, além de náuseas, vômito e diarreia, pode provocar embaçamento da visão, danos na retina, cegueira, convulsão, coma e, dependendo da quantidade consumida, a morte.

Donna Seger, diretora do Centro de Envenenamento do Tennessee, explicou a meios de comunicação locais que, quando ingerido, o metanol é metabolizado em um ácido muito forte, deixando o PH do sangue muito baixo e levando ao risco de morte. Um dos efeitos imediatos é a cegueira.

A prática parece não ter chegado ao Brasil AINDA, mas já há relatos de jovens obrigados a beber álcool combustível (etanol) durante trotes de faculdades.

O fenômeno gera preocupação (ou esperemos que gere…), mas passa longe de ser surpreendente. Trata-se de mais uma consequência bastante previsível da “cultura” em que crianças, adolescentes e jovens são doutrinados, inclusive por setores da chamada “educação formal”, a pensar que possuem por natureza todos os “direitos” imagináveis (inclusive direitos inexistentes, como o de pôr a si mesmos e a sociedade em risco em nome da sua “necessidade” de diversão ilimitada) e pouca educação real (e “real” vai além de meras palavras ocas) para a responsabilidade e o bom senso.

Um dos raros “crimes” no tocante ao tema parece ser, aliás, o de se denunciarem os excessos desta geração – criticá-los é visto como “crime de chatice”, para citar apenas o “delito” mais brando.

Onde estão os senhores, papais e mamães?

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