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Ela chorou: ninguém apareceu no seu aniversário. Até que uma foto falou alto.

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John Burger - publicado em 23/06/16

A solidão dilacerante de uma jovem autista e o fenômeno que uma única imagem despertou no mundo inteiro

Esta fotografia nos mostra Hallee Sorenson, uma jovem autista de Bangor, localidade do Estado norte-americano do Maine. Ela está sentada, sozinha, na sua festa de aniversário. Uma festa à qual ninguém compareceu. Ninguém. Nenhum amigo. Nenhum parente. Nenhum conhecido.

Hallee adora passar seu tempo com as pessoas, mas, para ela, é difícil fazer amigos. Grandes aglomerações e barulho alto a perturbam. Por isso, suas festas de aniversário sempre foram pequenas e íntimas.

No entanto, quando completou 17 anos, Hallee pediu uma grande festa – e sua família se entusiasmou! Muitos de seus colegas do Instituto Bangor foram à celebração. E no ano passado, quando completou 18 anos, ela quis fazer outra festa no ginásio local de esportes: era um local onde Hallee se sentia à vontade, porque fazia anos que o frequentava como participante da organização Special Olympics, para esportistas com deficiências.

“Demos tudo nos preparativos”, conta a madre da jovem, Allyson Seel-Sorenson. “Mandamos 20 convites. Ninguém confirmou, mas no ano anterior também tinha acontecido isso e não nos alarmamos muito”.

Mas quando chegou o grande dia, 2 de julho de 2015, ninguém foi compartilhar com Hallee o seu bolo e os sorvetes.

NA FOTOGRAFIA SILENCIOSA, MUITO MAIS QUE MIL PALAVRAS

Alguns parentes de outro Estado mandaram uma mensagem a Allyson perguntando como estava a festa. A mãe só respondeu com uma fotografia.

“Respondi com aquela foto, a única foto que tirei da Hal. Tirei a foto detrás de uma coluna. Estava chorando. Ninguém apareceu. Ninguém ligou. A Hallee simplesmente não entende. Você não consegue explicar para ela. Ela pensa como uma criança de 6 anos. Não entende”.

Aquela única foto que Allyson tirou da filha chegou às mãos de sua sobrinha, Rebecca Prefontaine. Rebecca guardou aquela foto durante todo o ano. Neste mês, junho de 2016, ela decidiu garantir que, neste ano, Hallee não vai ter outro aniversário infeliz.

O ANIVERSÁRIO DA VIRADA

Em 14 de junho, Rebecca publicou a fotografia contando a sua história, na esperança de que alguns amigos da prima lhe mandassem mensagens de felicitação.

“A Rebecca trabalha como telefonista no serviço de emergências 911, numa pequena cidade perto de Boston. Quando ela mandou essa foto, ela devia estar achando que alguns dos seus amigos bombeiros e policiais fossem mandar alguma mensagem”, considera Allyson. “Eu acho que ela nunca imaginou que ia acontecer algo assim”.

E o que aconteceu?

A publicação de Rebecca no Facebook foi compartilhada mais de 150.000 vezes em questão de horas e, graças a isto, um maremoto de mensagens, cartões e presentes de todas as partes do mundo chegou até Hallee.

OS DESAFIOS DO AUTISMO

Allyson, a mãe, comenta que, para as pessoas com autismo, construir relações com pessoas da mesma idade pode ser uma tarefa extremamente árdua.

“Por motivos diversos, crianças, jovens e adultos como a Hallee não recebem a atenção que merecem”, observa ela. “É o tipo de situação em que todo mundo pensa que algum outro deve estar fazendo alguma coisa. Que alguém vai ir. Que eu não preciso ir lá. E, no fim, é isto o que acontece”.

AS GRANDES SOLIDÕES DO NOSSO MUNDO

Quantas pessoas se veem hoje marginalizadas por causa de uma deficiência física, intelectual ou de qualquer outro tipo?

Essas pessoas são separadas da multidão e tocadas pela solidão até mesmo em lugares que deveriam ser de encontro, como um ginásio de esportes.

O Papa Francisco, na catequese de 15 de junho de 2016, mencionou por isso as palavras de Moisés que falam dos pobres – e não só daqueles que carecem de coisas, mas também, e principalmente, daqueles que carecem de amor:

“Se há algum pobre entre os teus irmãos, em alguma das cidades do país que o Senhor, tu Deus, te dá, não endureças teu coração nem feches a tua mão. É verdade que nunca faltarão pobres em teu país. Por isso eu te ordeno: abre generosamente a tua mão ao pobre, ao irmão indigente que vive na tua terra”.

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AmizadeCultura do descartesolidaosolidariedade
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