A Catedral da Sé, no centro de São Paulo, foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) devido à sua importância religiosa e histórica para a cidade de São Paulo.
Com o tombamento, ficam sujeitas à aprovação prévia do Condephaat quaisquer obras, reformas, restaurações e até a instalação de mobiliário urbano, como bancos e paradas de ônibus, no perímetro da Praça da Sé. Por exemplo, passam a ser vetados painéis luminosos, anúncios publicitários e antenas de telecomunicações. A medida não muda a situação de propriedade da catedral, limitando-se a regular as intervenções físicas a fim de garantir a sua preservação histórica.
HISTÓRIA
Uma das maiores igrejas do mundo, a Catedral da Sé foi construída no local da primeira igreja matriz de São Paulo.
O projeto da nova catedral, criado pelo arquiteto Maximiliano Hehl, adotou o estilo neogótico e acrescentou a cúpula de concreto sobre o cruzeiro, o que é academicamente classificado como característica da arquitetura religiosa renascentista. Além disso, foram adicionados ao longo da obra alguns “elementos tropicais” no topo das colunas: por exemplo, esculturas de animais e plantas típicos da região, como o porco, o tatu, o maracujá e a jabuticaba.
As obras começaram em 1913 e foram acompanhadas por Maximiliano Hehl até sua morte em 1916, passando então a ser dirigidas por outros professores da Escola Politécnica, onde o próprio arquiteto também lecionava.
A construção exigiu 41 anos. A Catedral da Sé foi inaugurada durante as comemorações do Quarto Centenário de São Paulo, em 1954, apesar de não estar ainda plenamente concluída.
A obra só foi considerada pronta com a instalação do maior órgão da América Latina, fabricado na Itália. Com 5 teclados manuais, 329 comandos e 120 registros, ele possui 12 mil tubos em cujas bocas há relevos entalhados a mão.
