A pastoral da Igreja que ajuda a evitar os acidentes e as mortes que eles causam
Precisando de uma ideia para a esmola quaresmal?
Ajude-nos a difundir a fé na internet! Você poderia fazer uma doação para que possamos continuar criando conteúdos gratuitos e edificantes?
A violência no trânsito está entre as principais causas de morte em todos os países do planeta. Ao longo dos anos, a Igreja tem realizado inúmeras campanhas focadas em contribuir com soluções baseadas na conscientização e na mudança de atitude por parte dos motoristas.
As iniciativas abrangem desde as pressões públicas para que os governos invistam o necessário em infraestrutura rodoviária até os encontros de jovens voltados a promover a cultura da diversão sadia sem bebidas alcoólicas, mas nenhuma iniciativa pode prescindir da mais importante de todas: a formação do caráter dos cidadãos. Por mais que as condições precárias de tantas estradas e as carências de políticas públicas tenham impacto nas estatísticas da morte, o fato inegável é que, por trás de todos os acidentes, sempre existem lacunas de formação do caráter.
E a solução para isto passa pela prática nas coisas comuns do cotidiano.
Dom José Sánchez, da Conferência Episcopal Espanhola, observa que, “na estrada, nem motoristas nem pedestres podem perder a educação e ser juízes sem misericórdia daqueles que fazem – ou deixam de fazer – certas manobras ou que adotam atitudes inadequadas. Todos já fomos testemunhas, ou protagonistas, de insultos e discussões entre motoristas por motivos que, com um pouco de paciência, compreensão e educação, teriam sido resolvidos”.
Dom Josep Angel Saiz Meneses, bispo da também espanhola diocese de Tarrasa, reforça a importância da cortesia e do cuidado ao volante: “Ser correto implica dirigir com atenção e boas maneiras. Isto é de grande importância para a segurança rodoviária e é dever de todos. Tratemos os outros como gostaríamos de ser tratados”.
Focado em ajudar a mudar a postura pessoal dos motoristas, oferecemos a seguir o “Decálogo do Motorista”, proposto em 2007 pelo Conselho Pontifício para os Migrantes e Itinerantes através das suas “Diretrizes para a Pastoral da Estrada”:
DECÁLOGO DO MOTORISTA
I. Não matarás.
II. A estrada será para ti um meio de comunhão entre as pessoas e não de dano mortal.
III. A cortesia, a responsabilidade e a prudência te ajudarão a superar os imprevistos.
IV. Serás caridoso e ajudarás o teu próximo em necessidade, especialmente se ele for vítima de acidente.
V. O automóvel não será para ti uma expressão de poder, dominação e ocasião de pecado.
VI. Convencerás com caridade os jovens, e também os menos jovens, a não dirigirem quando não estiverem em condições.
VII. Apoiarás as famílias das vítimas de acidentes.
VIII. Procurarás reunir a vítima e o motorista agressor em momento oportuno para viverem a experiência libertadora do perdão.
IX. Na estrada, protegerás a parte mais fraca.
X. Sempre te saberás responsável também pelos outros.