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A professora que usou duas maçãs vermelhas para uma lição anti-bullying

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Getty Images

Aleteia Brasil - publicado em 06/07/16

Uma lição simples – mas poderosa, de uma professora do ensino médio – é tão brilhante que até mesmo os adultos estão prestando atenção

As crianças que foram maltratadas não costumam ter um olhar diferente das outras crianças – afinal o bullying é algo que internalizamos, algo que afeta os sentimentos, não as aparências. E essas feridas no ego de uma pessoa têm efeitos difíceis de serem vistos.

Como pais, muitas vezes ensinamos as crianças a não dar importância ao bullying. Nós ensinamos resiliência e autoestima. Mas Rosie Dutton, uma professora do Reino Unido, que se concentra em melhorar o bem-estar emocional das crianças, pode ter encontrado uma lição ainda mais eficaz, que ajuda a chegar ao cerne da questão.

Neste post na página do Facebook de Rosie Dutton, ela descreve uma demonstração que fez sobre o bullying na sala de aula, utilizando duas maçãs. Uma maçã foi preservada – vermelha, suculenta, bonita. A outra parece do mesmo jeito, mas sem o conhecimento dos alunos, Dutton tinha derrubado a maçã várias vezes antes da aula.

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Os alunos pegaram as duas maçãs, observando que elas pareciam praticamente idênticas. Dutton, em seguida, incentivou as crianças a insultar a maçã (a que secretamente tinha caído) – “você é uma maçã que cheira mal”, foi apenas uma das muitas observações – e ao mesmo tempo elogiar a outra maçã com palavras como, “você é uma linda maçã”. Naturalmente, as crianças pensaram que ela estava louca, mas a maioria colaborou.

Depois que cada maçã foi sabatinada, Dutton chamou a atenção para o fato de que as duas maçãs ainda pareciam idênticas. Mas então ela cortou as maçãs para revelar para a classe o que estava dentro: a maçã que fora “elogiada” era tão imaculada e perfeita como seu exterior. A outra, a que fora “insultada”, estava ferida e mole e parecia, assim, uma maçã que tinha sido maltratada.

Dutton relata: “As crianças realmente conseguiram enxergar, como vimos dentro daquela maçã, as feridas e os pedaços quebrados, e viram o que acontece dentro de cada um de nós quando alguém nos maltrata com suas palavras ou ações”.

Seu post no Facebook desde então ganhou grandes proporções, espalhando-se através das redes sociais e sites – não apenas pela simplicidade e eficácia do experimento, mas pela lição sobre a responsabilidade dos espectadores para intervir quando virem uma criança que esteja sendo intimidada e, também, como nossas próprias palavras podem machucar alguém. Houve até mesmo uma criança que se recusou – menina corajosa! – a dizer coisas ruins sobre a maçã.

Como diz Dutton: “Ao contrário de uma maçã, nós temos a capacidade de impedir que isso aconteça. Nós podemos ensinar as crianças que não é certo dizer coisas desagradáveis uns aos outros e discutir como isso faz o outro se sentir. Podemos ensinar nossos filhos a evitar qualquer forma de assédio moral, assim como a menina fez hoje quando se recusou a dizer palavras duras para a maçã”.

Não é difícil imaginar por que este post atingiu tamanha proporção: muitos adultos vivem com as cicatrizes invisíveis de terem sido intimidados e sofrido algum tipo de perseguição. (E alguns ainda lidam com outras formas de bullying, como fofoca no ambiente de trabalho.) Outros são os pais, lutando para ajudar seus filhos contra o bullying nas escolas. Talvez a lição de Dutton ressoe não só entre as crianças que testemunham isso, mas entre os adultos também, e nos incentive ao respeito e gentileza.

Leigh Andersonautora do “The Games Bible: The Rules, The Gear, The Strategies” (Workman, 2010), escreve para Vox, Newsweek.com e Popular Science, entre outros.

Tags:
EducaçãoJovensPecadoPerseguiçãoViolência
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