Seis homens compareceram, neste sábado (20), à primeira audiência do julgamento de várias dezenas de supostos autores de uma série de massacres atribuídos a rebeldes ugandenses na região de Beni, no leste da República Democrática do Congo.
Seis acusados de diferentes nacionalidades compareceram a essa audiência diante de um tribunal militar de exceção na cidade de Beni.
Entre os seis primeiros acusados estão quatro congoleses, um ugandense e um tanzaniano.
São acusados de ter “participado de um movimento de insurreição e de crimes contra a humanidade por assassinato e terrorismo”, após um ataque realizado em 30 de julho na localidade de Oicha, informou o coronel Jean-Paulin Esosa, que preside o julgamento.
Dois civis, dois militares congoleses e três agressores morreram em enfrentamentos em Oicha entre o Exército congolês, apoiado pelos Capacetes Azuis da ONU, e os rebeldes ugandeses das Forças Democráticas Aliadas (ADF).
Durante a audiência deste sábado, os seis acusados disseram que estavam “a serviço” desse movimento.
Desde outubro de 2014, a cidade e o território de Beni, no norte da província de Kivu do Norte, têm sido cenário de uma série de massacres que deixaram até agora mais de 700 civis mortos, segundo a ONU.
(AFP)