Aleteia logoAleteia logoAleteia
Sexta-feira 29 Setembro |
Beato João de Montmirail
Aleteia logo
Atualidade
separateurCreated with Sketch.

Combates se intensificam na Síria após fim da trégua

An image of war – pt

© DR

Agências de Notícias - publicado em 20/09/16

Os combates foram retomados na Síria, onde um bombardeio provocou a suspensão dos comboios de ajuda humanitária da ONU um dia após o fim da trégua por falta de um acordo entre Washington e Moscou.

Em Nova York, no discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, fez um novo apelo para “colocar fim aos combates” na Síria e pelo início das negociações.

Horas antes, a ONU se viu obrigada a suspender o fornecimento de ajuda humanitária por via terrestre após um ataque mortífero contra um comboio, o mais grave desde o início da guerra, em 2011.

Bombardeios aéreos destruíram ao menos 18 de 31 veículos que entregavam alimentos e medicamentos aos habitantes de Orum al-Kubra, uma cidade do norte do país. Vinte civis e um funcionário do Crescente Vermelho sírio morreram, segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).

“É um dia muito, muito triste para os trabalhadores humanitários na Síria e no mundo”, declarou em Genebra o porta-voz do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, em inglês), Jens Laerke.

“Se ficar demonstrado que este ataque impiedoso teve como alvo deliberado” um comboio humanitário, “então isso equivale a um crime de guerra”, declarou Stephen O’Brien, chefe das operações humanitárias da ONU.

Ele não indicou a nacionalidade dos aviões que realizaram o ataque, mas o regime sírio e seu aliado russo negaram com veemência nesta terça-feira qualquer participação.

“Nem a aviação russa, nem a síria realizaram nenhum ataque aéreo contra um comboio humanitário da ONU no sudoeste de Aleppo”, declarou o general Igor Konachenkov, porta-voz do ministério da Defesa. Segundo Konachenkov, não se trata de um ataque aéreo.

Para a Rússia, a destruição dos caminhões coincidiu com uma importante ofensiva dos rebeldes, que não dispõem de uma aviação de guerra, cujo alvo é Aleppo.

Sem acusar diretamente Moscou, o porta-voz do departamento de Estado, John Kirby, disse que os “Estados Unidos estão chocados” pela atitude da Rússia, aliada do regime de Damasco.

“O regime sírio e a Federação russa conheciam o destino deste comboio”, disse Kirby.

– Trégua ‘não está morta’ -No resto do país, de Aleppo até o subúrbios de Damasco, os habitantes convivem novamente com os bombardeios diurnos e noturnos. Muitos ficaram em seus lares depois de desfrutar durante uma semana de uma frágil trégua.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), ao menos 27 barris de explosivos foram lançados sobre Aleppo na manhã desta terça-feira. Na cidade e na província, ao menos 39 civis morreram desde o anúncio do exército sírio de que a trégua havia terminado.

Em Nova York, a crítica situação na Síria era o centro de interesse de uma reunião do grupo de apoio à Síria, que reúne 23 países e organizações internacionais, presidido por Estados Unidos e Rússia.

Ao término da reunião, e depois de um encontro bilateral com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou em breves declarações à imprensa que o acordo de cessar-fogo na Síria “não está morto” e que as negociações continuarão nesta semana.

Washington quer acreditar que nem tudo está perdido. Pouco antes, Kerry havia insistido que o mais importante é que Moscou, que assinou o acordo de trégua, “controle (o presidente sírio Bashar) al-Assad”.

Mas, para Moscou, a possibilidade de retomar a trégua é “muito fraca”, disse o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.

Para Moscou, as condições para retomar a trégua “são muito simples”: “os terroristas devem deixar de atacar o exército sírio”, disse.

Esta nova tentativa de alcançar o fim dos combates e iniciar negociações de paz na Síria, após cinco anos de guerra, não havia despertado grandes expectativas.

A oposição e os grupos rebeldes não haviam dado seu acordo, já que faltavam, segundo eles, garantias sobre seu respeito por parte do regime.

O conflito na Síria provocou a morte de mais de 300.000 pessoas, segundo o OSDH, e obrigou milhares a fugir de suas casas. A quantidade de refugiados saturou a capacidade de acolhida nos países vizinhos, assim como na Europa.

(AFP)

Apoiar a Aleteia

Se você está lendo este artigo, é exatamente graças a sua generosidade e a de muitas outras pessoas como você, que tornam possível o projeto de evangelização da Aleteia. Aqui estão alguns números:

  • 20 milhões de usuários no mundo leem a Aleteia.org todos os meses.
  • Aleteia é publicada diariamente em sete idiomas: inglês, francês,  italiano, espanhol, português, polonês e esloveno
  • Todo mês, nossos leitores acessam mais de 50 milhões de páginas na Aleteia.
  • 4 milhões de pessoas seguem a Aleteia nas redes sociais.
  • A cada mês, nós publicamos 2.450 artigos e cerca de 40 vídeos.
  • Todo esse trabalho é realizado por 60 pessoas que trabalham em tempo integral, além de aproximadamente 400 outros colaboradores (articulistas, jornalistas, tradutores, fotógrafos…).

Como você pode imaginar, por trás desses números há um grande esforço. Precisamos do seu apoio para que possamos continuar oferecendo este serviço de evangelização a todos, independentemente de onde eles moram ou do quanto possam pagar.

Apoie Aleteia a partir de apenas $ 1 - leva apenas um minuto. Obrigado!

PT300x250.gif
Oração do dia
Festividade do dia





Envie suas intenções de oração à nossa rede de mosteiros


Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia