O documentário “Fogo no Mar” de Gianfranco Rosi, sobre o drama dos refugiados que arriscam a vida atravessando o Mediterrâneo para chegar a Europa, foi escolhido nesta segunda-feira como representante da Itália para o Oscar, anunciou a Associação Nacional da Indústria Cinematográfica (Anica).
O longa-metragem tentará assim uma indicação na categoria de melhor filme em língua estrangeira.
O documentário, que venceu em fevereiro o Urso de Ouro de melhor filme do Festival de Berlim, mostra como os habitantes de Lampedusa, o ponto mais meridional da Itália, se transformou desde que a ilha se tornou um ponto de desembarque de milhares de imigrantes sem documentos procedentes do continente africano.
O diretor, que venceu o Leão de Ouro de Veneza em 2013 com “Sacro GRA”, mostra, sem narração ou comentários, a vida cotidiana de uma criança, um médico e de migrantes que chegam em embarcações precárias, arriscando a vida, em muitos casos com resultados fatais.
Rosi doou a estatueta do Urso de Ouro aos moradores da ilha. O médico Pietro Bartolo, que já salvou milhares de imigrantes e é um dos protagonistas do filme, representou a população.
(AFP)