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Os sete pecados capitais da internet

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Daniel R. Esparza - publicado em 27/09/16

Cada rede social, de acordo com um dos fundadores do LinkedIn, corresponderia a um pecado capital

Em uma conferência de 2011 ao Wall Street Journal,republicado recentemente pelo The Atlantic, um dos fundadores do LinkedIn, Reid Hoffman, sugeriu uma teoria para compreender o sucesso ou fracasso das redes sociais: cada rede está relacionada, em mais de uma maneira, com um pecado capital. A sugestão não é tão insensata: Facebook seria a vaidade; Netflix, a preguiça; Tinder – tenho que dizer? –, obviamente, a luxúria.

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Luxúria: assim como no inferno de Dante, as almas dos luxuriosos permaneceriam para sempre envoltas em um furacão que não lhes desse descanso; os usuários do Tinder poderiam estar tendo uma experiência semelhante: a de deslizar o dedo e nunca conseguir alguém para iniciar um relacionamento sério.

Gula: o Instagram seria para gulosos. Assim como o lendário Tântalo, punido no Tártaro, foi sentenciado a não poder saciar sua fome e sede, visto que, ao aproximar-se da água esta escoava e ao erguer-se para colher os frutos das árvores, os ramos moviam-se para longe de seu alcance sob a força do vento; quando se navega no Instagram se depara com uma inundação de imagens compartilhadas de comidas que, pelo menos na tela, não podemos provar.

Ganância: Dante explica como os gananciosos estão condenados a lutar entre si, para sempre, no inferno, jogando pedras infinitamente pesadas. É a competência profissional que, segundo Meyer, se veria no LinkedIn.

Preguiça: embora não seja uma rede social, o Netflix seria uma das fontes favoritas de tempo perdido – “protelação” – dos nossos dias.

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Pessoas iradas se atacando: quinto círculo do inferno de Dante

Ira: no quinto círculo do inferno de Dante, as pessoas iradas estão condenadas a se atacar umas às outras, sem fim, sem que ninguém prevaleça sobre o outro. Não seria uma possível descrição das nossas discussões no Twitter?

Inveja: a inveja, basicamente, faz sentir desejo pelo que não temos, de modo que acabamos não vendo ou apreciando o que temos de fato. Isso seria o Pinterest.

Orgulho: aqui há divergências. Hoffman diz que “orgulho”, o mais pesado dos pecados, equivaleria ao Facebook. O orgulho, na verdade, consiste basicamente em acreditar que se é essencialmente melhor que o seu próximo. De acordo com Meyer, Medium (ou alguma outra plataforma de blog) poderia certamente ser o orgulho. É uma maneira de dizer “eu sei dizer melhor o que você pensa que sabe, então compartilhe o meu artigo”.

Mas se o Facebook não é o orgulho, o que seria? A vaidade, apego sem limite nem fundamento à atração de si mesmo, além de um desejo incontrolável de se gabar. Isso, afirma Meyer, seria a tônica do Facebook: a possibilidade de oferecer, on-line, a melhor versão possível de sua própria vida, editando cuidadosamente cada um dos seus altos e baixos.

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