O vento de cerca de 230 km/h derrubou árvores, barrancos e pontes, além de destruir milhares de casasO Papa Francisco manifestou seu pesar, nesta sexta-feira (07/10), pelas vítimas do furacão Matthew que causou pelo menos 840 mortos no Haiti.
O Pontífice se une na oração às pessoas que perderam seus entes queridos. Na mensagem, assinada pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, enviada ao Cardeal Chibly Langlois, Presidente da Conferência Episcopal Haitiana, o Papa manifesta sua “proximidade espiritual” aos que foram atingidos por esta calamidade, e confia “os defuntos à misericórdia de Deus para que os acolha em sua luz”. Francisco fez um apelo em favor da ajuda e solidariedade ao povo haitiano nesta outra provação que o país está passando.
No Haiti, o Matthew causou uma grande destruição. O vento de cerca de 230 km/h derrubou árvores, barrancos e pontes, além de destruir milhares de casas. Militares brasileiros estão ajudando os moradores desde a última terça-feira.
Na cidade de Jeremie 80% das casas foram destruídas. O Presidente do Conselho Eleitoral Provisório, Leopold Berlanger, reiterou a preocupação das autoridades que ainda não fizeram uma estimativa dos danos que são enormes. Segundo a ONU, trata-se da pior crise humanitária desde o terremoto de 2010.
Na República Dominicana morreram 4 pessoas. Nos EUA, o Matthew causa medo. Na Flórida e Carolina do Sul foi decretado Estado de Emergência. “É questão de vida ou morte”, disse o Presidente estadunidense, Barack Obama, que pediu aos cidadãos para deixarem as áreas em risco. Estima-se em 3 milhões as pessoas em perigo.
No Haiti, “devemos pensar nas famílias e crianças atingidas pelo furacão”, disse a italiana Elena Cranchi, da organização não governamental “SOS Aldeias de crianças”, presentes na ilha caribenha desde 1978.
“O furacão foi devastador! Milhares de casas foram danificadas. Existem famílias que perderam novamente tudo! Esta é uma terra que foi muito ferida pelo terremoto de seis anos atrás. Existem problemas com a comunicação”, ela.
Segundo Cranchi, faltam comida e água potável. “A água é suja, contaminada, e isso preocupa muito. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um apelo, pois o risco de epidemia é concreto. Estamos trabalhando junto com as autoridades, como fizemos na época do terremoto, para socorrer famílias e crianças. São cifras enormes, cerca de 4 milhões de crianças”, concluiu.