A propaganda do grupo Estado Islâmico, que já provou sua eficácia para atrair recrutas, está atualmente enfraquecida pelos reveses militares sofridos pelos extremistas no Iraque e na Síria, segundo um estudo americano.
O estudo dirigido por Daniel Milton, do centro antiterrorista da academia militar de West Point, se baseia na produção de documentos, fotos e vídeos do Estado Islâmico, uma organização que desde suas origens na rede Al-Qaeda no Iraque deu grande importância a esse tipo de comunicação.
“Está claro” que o EI “se viu forçado a reduzir suas atividades, em razão da pressão” militar da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, disse Daniel Milton.
Atualmente há menos imagens do bom funcionamento do califado extremista (escolas, bibliotecas, policiais, serviços públicos), percebeu o estudo.
O EI “apenas mantém a aparência de um Estado em funcionamento”, já que a aparência é considerada fundamental na estratégia de sedução feita pelos extremistas.
O diagnóstico do enfraquecimento da propaganda do EI é compartilhado por muitos estudiosos, disse à AFP JM Berger, especialista americano no uso do Twitter pelos extremistas.
“Eles têm menos meios de difusão, são mais difíceis de encontrar” na Internet “e o conteúdo em si é muito menos otimista e menos variado”, indicou à AFP.
“Tudo isso provavelmente pressionará seus esforços de recrutamento, embora isso não acabe totalmente com o problema”, explicou.
(AFP)