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Milhares de judeus se reúnem diante do Muro das Lamentações

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AFP/Getty Images

Agências de Notícias - publicado em 19/10/16

Milhares de judeus se reuniram nesta quarta-feira diante do Muro das Lamentações para celebrar um dos grandes rituais do ano, apenas um dia após a Unesco aprovar uma resolução que nega qualquer vínculo entre o judaísmo e o local.

Dezenas de milhares participaram da bênção dos Cohanim, um dos momentos mais importantes da semana religiosa do Sucot, que termina em 25 de outubro. Envolvidos nos tradicionais xales brancos de orações, centenas de membros da casta dos Cohanim (plural de Cohen, que significa sacerdote em hebraico) repartiram sua bênção à multidão enquanto levantavam os braços e recitavam partes do quarto livro da Bíblia.

Homens e mulheres do mundo inteiro se aproximaram do Muro para estar o mais perto possível nos espaços reservados para cada um dos sexos.

Situado na parte baixa da Esplanada das Mesquitas, o Muro das Lamentações é o vestígio do segundo templo judaico destruído pelos romanos no ano 70.

A Esplanada do Templo, como é chamada pelos judeus-cristãos, é o local mais sagrado para os judeus, mas é também o terceiro lugar santo do Islã. Assim como a cidade velha que a cerca, está situada em Jerusalém Oriental, uma zona palestina da cidade anexada há décadas por Israel, o que a localiza no coração do conflito israelense-palestino.

A bênção ocorre um dia após a adoção pela Unesco de uma resolução sobre Jerusalém Oriental que provocou polêmica em Israel.

O texto, que nega o vínculo entre o Muro das Lamentações e o judaísmo, foi submetido pelos países árabes em nome da proteção do patrimônio cultural palestinos. As autoridades israelenses o denunciaram de forma quase unânime porque desta maneira é negado o vínculo histórico entre os judeus e Jerusalém.

As bênçãos em massa são uma tradição duas vezes por ano, para o Sucot e durante a Páscoa. Na terça-feira foram cercadas por um dispositivo de segurança reforçado, segundo a polícia. As autoridades temiam atentados palestinos. Não foi reportado nenhum incidente em Jerusalém.

(AFP)

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