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Este bebê nasceu duas vezes: conheça sua impactante história

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ACI Digital - publicado em 24/10/16
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O tumor já era quase do tamanho do bebê, ainda no útero. Foi então que Margaret tomou uma decisão arriscada.Margaret Boemer estava na 16ª semana da sua terceira gravidez e, quando fez uma ultrassonografia, os médicos lhe disseram que seu bebê tinha um tumor e problemas no coração. Eles disseram que a jovem mãe tinha duas opções: abortar ou submeter-se uma arriscada cirurgia fetal.

O bebê tinha um tumor chamado teratoma sacrococcígeo, que aparece antes do nascimento e cresce no cóccix do bebê. O doutor Darrell Cass, cirurgião e co-diretor do Centro Fetal de Crianças do Texas (Estados Unidos), explicou a CNN que este é o tumor mais frequente nos bebês.

O teratoma sacrococcígeo é mais frequente nas meninas e acontece em um de cada 35 mil nascimentos. “Alguns tumores podem ser tolerados. O feto pode nascer com ele e logo o retira. Mas na metade das vezes causam problemas, porque dificultam a circulação do sangue”, indicou Cass.

O tumor tenta crescer pela sucção do fluido sanguíneo do bebê, enquanto o bebê também está tentando crescer, “por isso se converte em uma competência. E em alguns casos o tumor ganha, o coração para e o bebê morre”. Isto era o que estava acontecendo com a pequena Lynlee.

Margaret explicou que o tumor estava afetando o coração do seu bebê e se continuasse crescendo poderia morrer. “Tive que tomar a decisão de deixar que o tumor crescesse ou dar ao bebê a oportunidade de viver. Para nós foi uma decisão fácil: queríamos que ela vivesse”.

Esta não foi a única provação que Margaret teve durante a sua gestação. No princípio, ia ser mãe de gêmeos, mas perdeu um dos bebês antes do segundo trimestre. Agora, só Lynlee permanecia viva.

Quando a mãe tinha 23 semanas e 5 dias de gravidez, o Dr. Cass realizou a cirurgia, que durou cinco horas. Nesse momento, o tumor estava a ponto de ser maior do que o bebê. Cass indicou que normalmente o momento de tirar o tumor do feto é rápido e que a única parte complicada é abrir o útero.

Entretanto, para as proporções do tumor de Lynlee, era necessário fazer uma incisão muito grande, deste modo, finalmente tiveram que tirar o bebê do útero.

Durante a cirurgia, o ritmo cardíaco de Lynlee começou a diminuir. “Basicamente parou” comentou Cass e acrescentou que o cardiologista conseguiu controlar a situação. Quando terminou a cirurgia os médicos colocar o bebê novamente dentro do útero.

“É praticamente um milagre o fato de poder abrir o útero e poder fechá-lo novamente e que ainda assim continue funcionando”, explicou o Dr. Cass.

Depois da cirurgia, Margaret teve que permanecer em repouso. Algum tempo depois, deu à luz a Lynlee Hope, o parto foi cesariana com aproximadamente 36 semanas, no último dia 6 de junho.

O bebê teve que ser operado novamente para que retirassem os restos do tumor que não puderam extrair na operação anterior. Algumas semanas depois, Lynlee se recuperou e voltou para casa.

O Dr. Cass indicou que o bebê está completamente saudável e que cresce normalmente.

Para Margaret, passar por todo este processo foi “muito difícil”, mas pela oportunidade de ter o seu bebê nos braços “valeu a pena cada dor”.

Em uma entrevista concedida ao jornal ‘Click 2 Houston’, Margaret indicou que, na verdade, o parto foi um segundo nascimento. Foi um alívio poder vê-la finalmente e ver que ela pôde superar todas as dificuldades que teve e com seu coração… depois da cirurgia fetal, seu coração melhorou enquanto eu seguia com a gestação. Ela já não tem problemas no coração e está muito bem”.

 

 

(via ACIdigital)