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Os pais precisam se concentrar menos nas boas maneiras e mais nos corações das crianças

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Ashley Jonkman - publicado em 26/10/16

Seria muito melhor ver os meus filhos buscarem o bem-estar e o bem dos outros do que simplesmente repetir “Sinto muito” ou “Obrigado” – quando, na realidade, o seu coração está longe de ser agradecido

Eu sou “mãe de menino”. Passo meus dias ouvindo sobre Star Wars, Transformers e “matar bandidos”. Enquanto os meus meninos, agora com idade entre três anos e meio e dezenove meses, às vezes exibem uma grande simpatia – como me trazer bichos de pelúcia, cobertores e água quando estou doente –, ainda temos um longo caminho a percorrer na vida cotidiana.

Como mãe desses pequenos guerreiros, muitas vezes tento navegar em um difícil equilíbrio entre a gestão de seus instintos naturais para proteger e ser forte durante a tentativa de torná-los mais bem-comportados. Um novo estudo realizado por Sesame Workshop (do programa educacional Sesame Street – Vila Sésamo) avaliou mais de 2.000 pais e 500 professores e discutiu a importância da empatia e da bondade. 86% dos professores e 70% dos pais disseram que nossos filhos estão crescendo em um mundo cruel, e a maioria dos participantes disse que o desenvolvimento da bondade em crianças era mais importante que o desempenho acadêmico. Mas, surpreendentemente, pais e professores tinham diferentes definições de empatia.

A desconexão entre pais e educadores

Professores definiram empatia como útil, enquanto os pais disseram que preferem que seus filhos tenham bondade ao invés de empatia. Ao invés de focar na empatia, os pais comparam bondade com boas maneiras e delicadeza.

Posso me relacionar com esses pais bem-intencionados. Grande parte do tempo eu me vejo focada no comportamento exterior dos meus filhos, da forma como eles devem se comportar, especialmente em público. Eu falo para dizer obrigado, mas não me preocupo em ensiná-los sobre a empatia e se preocupar com a outra pessoa, somente em repetir as palavras roboticamente – assim demonstram que têm boas maneiras. Essas ações parecem corretas, mas se os meus filhos só aprendem a repetir as palavras sem empatia, eu não terei feito o meu trabalho.

No caos da vida cotidiana, com crianças pequenas, eu não tenho vergonha de admitir que às vezes a sabedoria entra em nossa casa através de meios não-tradicionais, como a televisão. Nós levamos nossas crianças à igreja toda semana, lemos a Bíblia à noite e temos muitos amigos que possuem a mesma opinião que a nossa e nos ajudam a guiá-los em direção ao amor e à misericórdia, mas eu facilmente os incentivo a parecerem “bons”, em vez de abordar o que se passa dentro de seus pequenos corações e mentes.

Estou feliz por programas como Vila Sésamo e outros, que lembram para toda a minha família sobre o que sabemos ser verdadeiro – bondade, amor, compaixão (coisas fundamentais para a minha fé). E seria muito melhor ver os meus filhos buscarem o bem-estar e o bem dos outros do que simplesmente repetir “Sinto muito” ou “Obrigado” – quando, na realidade, o seu coração está longe de ser agradecido.

Jennifer Kotler Clarke, que é responsável pela pesquisa e avaliação em Sesame Workshop, concorda. Ela sugere que alguns pais assumem que ensinar uma criança em idade escolar é uma boa maneira de construir empatia.

Polidez é importante, mas ensinar nossos filhos a pensar sobre o que os outros precisam e podem estar sentindo é o fundamento das boas maneiras. Caso contrário, é apenas uma maquiagem e nenhuma substância.

Em última análise, eu sei que o homem olha para o exterior da pessoa, mas Deus vê (e se preocupa mais sobre) o que está no coração. E enquanto eu não posso forçar a empatia em ninguém – Deus é aquele que essencialmente muda o coração –, eu posso continuar a guiar meus meninos e ensiná-los a bondade que vai além de ser cortês quando os adultos estão vendo.

Olhar para fora, para as necessidades dos outros, e servi-los de forma prática, ajuda as crianças a entender (e me lembra, também!) que a empatia e a compaixão vêm de dentro, e vão muito mais longe do que meras palavras poderiam ir. Qualquer um pode dizer um rápido “obrigado”, e eu vou continuar a insistir que os meus filhos o façam, mas eu também vou aprofundar com eles, discutindo que o que importa é o que está dentro de nós e como nós demonstramos amor aos outros. E eu vou deixá-los assistir a programas como Vila Sésamo – eles parecem gostar dos lembretes sobre a empatia e bondade com base na ação. As lições são uma boa reciclagem para mim, também.

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AmorEducaçãoFamíliaFilhos
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