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Cuidado, mentiroso: sua consciência está adormecendo – e a ciência mostra isso!

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Pixabay

Lucandrea Massaro - publicado em 28/10/16

Revista Nature: o cérebro do mentiroso sofre mudanças que o levam a perder o medo de mentir

A Igreja sempre explicou aos fiéis que um pecado tende a trazer consigo outro, outro, mais outro… E essa é uma experiência de todos aqueles que, na confissão, se pegam dizendo frases como “caí mais uma vez“, “não consigo parar” etc. Os não crentes costumam apelar para este fato a fim de lançar dúvidas sobre a própria concepção de pecado.

Enquanto isso, recentes estudos psicológicos descobriram que a tendência a mentir tende a “domesticar” a área do cérebro chamada amígdala, responsável por supervisionar os processos mentais relacionados ao medo, à ansiedade e a outras emoções. Por meio de eletroencefalogramas, os pesquisadores descobriram que quanto mais os participantes do estudo dissessem mentiras, menos a amígdala ia sendo estimulada. O fato sugere que as emoções negativas ligadas ao ato de mentir se desvanecem com o tempo.

Na prática, a pessoa se acostuma a mentir e a psique vai se “sentindo” cada vez menos “penalizada” quando mente. A consciência, dito de outra forma, vai adormecendo.

O ESTUDO

A revista Nature Neuroscience publicou a pesquisa que parece demonstrar que as mentiras contadas constantemente levam à diminuição da culpa, tornando o hábito de mentir cada vez mais fácil. Na revista Smithsonian, um dos autores do estudo, o psicólogo experimental Tali Sharot, comentou: “Já imaginávamos que mentir pudesse levar a um aumento crescente da desonestidade, mas ainda não havia nenhuma pesquisa empírica para explicar o motivo e o processo”.

Outros estudos já tinham mostrado que a desonestidade aumenta quando existe algum tipo de “prêmios”, como o surgimento de uma boa oportunidade. Mas esta foi a primeira vez que a “escalada da mentira” foi demonstrada em ambiente de laboratório, conforme observou o pesquisador em neurociência Neil Garrett, da Universidade de Princeton.

Para outros estudiosos, a pesquisa é instigante, mas ainda precisa de mais provas.

Luke Chang, pesquisador de psicologia no Dartmouth College, sugere que novas confirmações poderiam ser obtidas pela medição da frequência cardíaca e da condutância da pele.

É interessante notar, em paralelo, que, a exemplo da mentira, a pornografia também exerce efeitos incisivos sobre o cérebro, espalhando cada vez mais fenômenos como a dependência e as disfunções sexuais.

A ciência vai mostrando, em suma, que a moral católica sempre contém uma razoabilidade que preserva a humanidade da autodestruição…

Saiba mais sobre este estudo.

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