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Houve quem, sendo chamado por Jesus, não O seguiu

Primeros Cristianos - publicado em 28/10/16

Três vocações frustradasAproximaram-se de Jesus três homens que pensavam em segui-Lo. A voz do Mestre lhes tinha chamado à atenção; ao encontrarem Jesus, manifestaram-se seus desejos de entrega.

 

Um escriba cheio de generosidade

O primeiro foi um escriba cheio de generosidade. “Enquanto seguiam o caminho, um lhe disse: Eu te seguirei aonde quer que fores. Jesus lhe respondeu: As raposas têm suas tocas e os pássaros do céu seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (cf. Evangelho de São Lucas). E era esta a real situação de Jesus. Rejeitado na Galileia e na Judeia, Ele andava feito um mestre itinerante, sem lugar de repouso fixo nem lugar para ensinar. Quem O quisesse seguir deveria estar disposto a essa vida dura, distante das ilusões comuns quanto à suposta vida de um mestre e mais distante ainda da vida de um rei.

 

Sim, mas…

A outro, Jesus disse: Segue-me. Ele, porém, respondeu: Senhor, permite-me primeiro sepultar o meu pai”. Desta vez foi Jesus quem chamou, como já tinha feito em tantas ocasiões. A resposta foi afirmativa, mas com reticências. “E Jesus lhe disse: Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu, vai anunciar o Reino de Deus” (cf. Evangelho de São Lucas). Nada, afinal, pode ser colocado acima do amor de Deus.

 

O carinho filial

Disse outro: Eu te seguirei, Senhor, mas, primeiro, permite que me despeça dos meus. Jesus lhe respondeu: Ninguém que põe a mano no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus” (cf. Evangelho de São Lucas). O carinho filial é importante, é claro, mas o amor a Deus é mais ainda.

 

Nos três casos, Jesus apresenta a radicalidade de um amor total e sem concessões nem à vida fácil nem a possíveis enganos revestidos de caridade. Esta será sempre a atitude de Jesus.

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A partir de texto de Enrique Cases, em Primeros Cristianos