Aleteia logoAleteia logoAleteia
Sábado 03 Junho |
Aleteia logo
Atualidade
separateurCreated with Sketch.

ONU relata massacres do Estado Islâmico no Iraque

<p>Um combatente curdo iraquiano (peshmerga) atira em militantes do Estado Islâmico, do topo do monte Zardak, ao leste de Mossul, em 9 de setembro de 2014</p>

Agências de Notícias - publicado em 28/10/16

Pelo menos 232 pessoas foram massacradas pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) nesta semana perto de seu reduto de Mossul, segundo as Nações Unidas, enquanto o fantasma de um grande deslocamento de civis no Iraque está crescendo a cada dia.

Os assassinatos, que “foram corroborados na medida do possível”, segundo o Escritório de Direitos Humanos da ONU, são apenas os últimos de uma série de atrocidades perpetradas pela organização extremista desde 2014.

Alguns relatos dizem respeito a “execuções por fuzilamento na quarta-feira”, 26 de outubro, de 232 pessoas, informou a porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, a jornalistas em Genebra.

Entre as vítimas haviam “190 ex-oficiais da segurança iraquiana”, acrescentou, observando que o número total de pessoas mortas pode ser maior.

Estas informações foram divulgadas um dia após a atribuição do prestigiado Prêmio Sakharov pelo Parlamento Europeu a duas vítimas da brutalidade do EI.

Nadia Murad e Haji Bashar Lamia, que sobreviveram a uma série de perseguições – sequestro, estupro, escravidão – tornaram-se símbolos da defesa da comunidade Yazidi perseguida pelos extremistas islâmicos.

A ofensiva lançada em 17 de outubro pelas forças de segurança iraquianas para retomar o controle do último grande reduto do EI no Iraque permitiu apertar o cerco sobre Mossul pelo norte, leste e sul, mas o número de pessoas fugindo da organização radical aumenta.

As organizações humanitárias organizavam nesta sexta-feira acampamentos para acomodar os civis em fuga.

“Constatamos um aumento enorme de civis em fuga nos últimos dias, e eles serão acomodados nos acampamentos”, declarou à AFP Karl Schembri, conselheiro regional do Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC).

Segundo ele, a situação “é preocupante” porque as forças iraquianas ainda não entraram na cidade. Quando isso acontecer, “vamos assistir a um deslocamento em massa”, acrescentou.

‘Independência’ curdaMas os deslocados da guerra são apenas um dos muitos problemas que assombram o Iraque.

Outra questão importante é a relação entre Bagdá e a região autônoma curda, cujas forças Peshmergas desempenham um papel importante na guerra contra o EI, lutando contra os extremistas, mas também alargando o território sob seu controle para além de sua fronteira oficial.

Isso representaria um problema especialmente se o Curdistão pressionar para obter independência, uma questão que o primeiro-ministro da região disse que queria colocar sobre a mesa depois de retomar Mossul.

“Assim que Mossul for libertada, vamos nos reunir com nossos parceiros em Bagdá e discutir a nossa independência”, disse Nechirvban Barzani ao jornal alemão Bild.

“Nós não somos árabes, somos nossa própria nação curda. (…) Em um determinado momento, haverá um referendo sobre a independência do Curdistão e vamos deixar o povo decidir”, acrescentou.

Mas no 12º dia de ofensiva, a batalha de Mossul está longe de terminar.

Apoiados pela aviação da coalizão internacional sob comando dos Estados Unidos, as forças iraquianas e curdas continuam a avançar e já recuperaram cidades e aldeias em torno de Mossul.

Em uma entrevista à AFP, o general americano Joseph Votel, chefe do Comando central do exército americano (Centcom), considerou na quinta que as forças iraquianas haviam “provavelmente matado entre 800 e 900 combatentes do EI” até o presente momento.

De acordo com estimativas americanas, há entre 3.000 e 5.000 combatentes extremistas em Mossul, além de mais de 2.000 outros espalhados na periferia da cidade.

(AFP)

Apoiar a Aleteia

Se você está lendo este artigo, é exatamente graças a sua generosidade e a de muitas outras pessoas como você, que tornam possível o projeto de evangelização da Aleteia. Aqui estão alguns números:

  • 20 milhões de usuários no mundo leem a Aleteia.org todos os meses.
  • Aleteia é publicada diariamente em sete idiomas: inglês, francês,  italiano, espanhol, português, polonês e esloveno
  • Todo mês, nossos leitores acessam mais de 50 milhões de páginas na Aleteia.
  • 4 milhões de pessoas seguem a Aleteia nas redes sociais.
  • A cada mês, nós publicamos 2.450 artigos e cerca de 40 vídeos.
  • Todo esse trabalho é realizado por 60 pessoas que trabalham em tempo integral, além de aproximadamente 400 outros colaboradores (articulistas, jornalistas, tradutores, fotógrafos…).

Como você pode imaginar, por trás desses números há um grande esforço. Precisamos do seu apoio para que possamos continuar oferecendo este serviço de evangelização a todos, independentemente de onde eles moram ou do quanto possam pagar.

Apoie Aleteia a partir de apenas $ 1 - leva apenas um minuto. Obrigado!

PT300x250.gif
Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia