As autoridades turcas demitiram mais de 10.000 funcionários públicos desde o início das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado de julho passado, informaram, no sábado (29), dois decretos, que anunciaram também o fechamento de vários meios de comunicação pró-curdos.
Um total de 10.131 funcionários do Estado, principalmente dos ministérios da Educação, Justiça e Saúde, foram despedidos, segundo os decretos publicados. Outros funcionários já tinham ficado sem trabalho no país desde antes do início das investigações devido aos expurgos após o golpe fracassado de 15 de julho.
Os decretos anunciam também o fechamento de 15 meios de comunicação, em sua maioria pró-curdos, e a supressão das eleições para o reitorado nas universidades. A partir de agora, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, vai escolher os reitores entre os candidatos selecionados pelo Conselho de Ensino Superior.
Emergência
A Turquia encontra-se em estado de emergência desde a tentativa de golpe de Estado.
As autoridades turcas acusam um pregador muçulmano exilado nos Estados Unidos, Fethullah Gulen, de planejar o golpe. Ele nega qualquer envolvimento.
Desde 15 de julho, mais de 35.000 pessoas foram presas na Turquia e dezenas de milhares de professores, policiais e magistrados, despedidos ou suspensos dos seus cargos.
(AFP)