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Sting volta a dar vida ao Bataclan, um ano após atentados em Paris

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Agências de Notícias - publicado em 13/11/16

Um ano depois dos atentados de 13 de novembro, a música voltou a soar na casa de shows parisiense Bataclan, neste sábado (12), na voz de Sting, de 65, em uma emocionante apresentação que contou com um minuto de silêncio em homenagem às 90 vítimas.

O show de Sting durou uma hora e meia e, depois das últimas notas de “The Empty Chair”, vários espectadores se abraçaram, e outros ovacionaram tanto a apresentação do cantor britânico quanto o renascimento desse estabelecimento.

Foi com um minuto de silêncio, que Sting deu a partida no show.

“Esta noite, temos de conciliar duas tarefas: primeiramente, nos lembrarmos dos que perderam a vida no ataque e, depois, celebrar a vida, a música nesse local histórico”, afirmou, em francês.

Sting então cantou “Fragile”, seguida de “Message in a Bottle”. No palco, estava acompanhado do trompetista franco-libanês Ibrahim Maalouf.

Na casa, com capacidade para quase 1.500 lugares, reuniram-se sobreviventes e familiares das vítimas, além de várias autoridades.

“Teve o tom certo. Foi um momento magnífico”, elogiou Stéphane Pocidalo, de 35, referindo-se a Sting, que lembrou da situação dos migrantes e homenageou James Foley, o jornalista americano executado na Síria em 2014 pelo EI.

‘Esta noite retomo minha vida'”Esta noite, retomo minha vida como era antes. É um dever, é uma obrigação estar aqui, porque há 90 pessoas que não podem mais vir”, desabafou Aurélien, um dos sobreviventes.

Os mil ingressos colocados à venda na última terça-feira se esgotaram em menos de meia hora. Os últimos foram distribuídos ontem.

Jesse Hugues, o vocalista da Eagles of Death Metal, o grupo americano que tocava há um ano quando o ataque aconteceu, assim como outro membro dessa banda, tiveram sua entrada barrada hoje pelas polêmicas declarações sobre segurança em março passado.

“Eles vieram, eu os expulsei. Há coisas que não se perdoa”, declarou o codiretor da casa de espetáculos Jules Frutos, no fim do show de Sting.

A onda de terror começou nos arredores do Stade de France, ao norte da capital, durante uma partida entre França e Alemanha, e continuou no Bataclan e em bares e restaurantes da cidade. O balanço final dos ataques, reivindicados pelo Estado Islâmico (EI), foi de 130 mortos.

Testemunha, por décadas, da noite parisiense, a sala de espetáculos se tornou um local de peregrinação e recolhimento.

Os atos pelo primeiro aniversário dos atentados começaram na noite de sexta-feira (11), no estádio nacional de Saint-Denis, onde os 80 mil espectadores fizeram um minuto de silêncio antes da partida entre França e Suécia pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.

Há um ano, a primeira vítima foi identificada a poucos metros do Stade de France. Três homens acionaram seus cinturões de explosivos, tirando a vida de Manuel Dias, motorista português de 63 anos. Em seguida, morreram 129 pessoas em outros pontos da cidade.

Acompanhado de parentes das vítimas, o presidente francês, François Hollande; a prefeita de Paris, Anne Hidalgo; e seu colega de Saint-Denis, Didier Paillard, visitarão neste domingo (13) todos os lugares atingidos pelos atentados: o estádio nacional, os bares e restaurantes Le Carillon, Le Petit Cambodge, La Bonne Bière, Cosa Nostra, Comptoir Voltaire e La Belle Équipe, e o Bataclan.

Em cada lugar, serão descerradas placas com os nomes das vítimas.

A associação Life for Paris soltou balões na tarde deste sábado. Foram depositadas lanternas, símbolos de esperança e vida, no Canal Saint Martin, próximo de vários dos locais atacados. A associação “13 de novembro: fraternidade e verdade” também convocou os franceses a participarem dos atos, colocando velas em suas janelas.

Sting não cobrou pelo show, cuja renda será destinada a essas duas associações de vítimas do atentado.

(AFP)

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