De enorme relevância na história da Igreja, eles recordam aos nossos tempos conflituosos que o racismo não cabe diante de Deus
Quando fazemos orações por intercessão de algum dos mais de 10.000 santos católicos, é de se imaginar que nunca paremos para considerar a cor da sua pele – afinal, somos todos iguais e a cor da pele não faz a menor diferença. No entanto, é comum que, por desconhecimento, muita gente ainda se surpreenda ao perceber que muitos santos canonizados não eram brancos.
Entre eles, estão estes seis santos de enorme relevância na Igreja:
1. Santo Agostinho de Hipona
Existem controvérsias históricas a respeito da cor da pele de Santo Agostinho, uma das personalidades mais importantes de toda a história do cristianismo. Grande filósofo e protagonista de uma história eletrizante de conversão, ele escreveu 96 livros e teve influência decisiva no pensamento cristão ao longo dos séculos.
Embora tenha passado boa parte da vida na Itália, Santo Agostinho era africano, nascido em território que hoje pertence à Argélia. Ele seria descendente de berberes, um grupo étnico dessa região do continente, e, portanto, teria uma pele mulata semelhante à dos povos atuais do deserto do Saara.
Existem pinturas antigas, porém, que o representam com a pele negra, como é o caso da que reproduzimos aqui.
Como quer que seja, o mês de novembro foi escolhido nos Estados Unidos para homenagear de modo especial os católicos negros justamente por ser o mês em que nasceu Santo Agostinho de Hipona.
2. Santa Mônica de Hipona
Só a Virgem Maria exerceu mais influência materna sobre a Igreja Católica dos primeiros séculos do que esta santa, que foi mãe de ninguém menos que o grande Santo Agostinho.
Atribui-se à sua piedade e perseverança a conversão ao cristianismo não apenas do filho, mas também do marido pagão e da sogra. Não à toa, Santa Mônica é padroeira das mães, das mulheres casadas e das pessoas que, assim como vários parentes desta santa, enfrentam a doença do alcoolismo.