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Das grandes conquistas da vida, a maior é saber amar

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Obvious - publicado em 12/12/16

"O amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e bebe um golinho antes de lhe dar para saber se está realmente bom." (Danny, 7 anos)

Saber amar é a maior conquista da vida. Quando aprendemos a amar – mas amar de verdade – obtemos um novo grau de compreensão acerca das relações da vida. Amar é emoção e também razão. Amar não pode ser definido por dicionário algum.

Eu acho trágica a forma como funcionam as relações hoje em dia. Claro, todos somos imperfeitos, mas a maioria tem uma visão romantizada demais do que é amor. Amar não é encontrar sua alma gêmea; amar não é dividir a vida com alguém – isso é apenas uma expressão do amor. Mas amar deveria ser tão natural como respirar, deveria ser automático.

O nosso mundo anda tão egoísta e tão desumano que fomos nos afastando e removendo de nós essa magnífica capacidade que temos. Somos chamados de trouxas, de babacas, de iludidos, de idiotas… e por aí vai: a lista é longa. Hoje em dia amar é banal, é ridículo. Pois que seja. Eu ainda acho que amar é a maior cura que você pode realizar na sua vida. Mas uma coisa é fato: ninguém ama ninguém sem antes se amar.

Amar é perdão, é admiração, é contemplação. E nossa, como é difícil perdoar, admirar e contemplar! Guardamos tanto rancor, tantas mágoas, tanto veneno e nem sequer percebemos que os danos são nossos. Sabe aquela frase “o que você pensa de mim é problema seu?”. Pois bem. Nós dizemos muito isso, mas não sabemos pensar no contrário – “o que eu penso de ciclano é problema meu”. As pessoas não têm nada a ver com isso, não mesmo. Amar é saber olhar o mundo com os olhos dos outros, é fazer-se menos egoísta, é fazer REALMENTE o bem, o que deve ser feito.

Todo dia eu escuto alguma fofoca, basicamente. E as pessoas costumam falar dos outros como se tivessem a vida perfeita. “Você viu o que aconteceu com ela? O marido a traiu. Também, baranga desse jeito, não era pra menos”; “Nossa, ele é tão quieto, o que tem de errado com ele?”. O único que posso pensar é: DEIXEM AS PESSOAS EM PAZ. Fiquem em paz. Se você é tão crítico, aproveite e faça as mudanças necessárias na sua vida; mas, por favor, deixem as pessoas em paz.

Cada um se veste como quer, cada um se relaciona com quem quiser, cada um frequenta os lugares que quer. Se não tá influenciando a sua vida, pra quê se meter? Deixa a pessoa se tatuar, ou deixe ela não gostar disso; deixe ela pintar o cabelo de arco-íris, ou deixe ela não gostar disso; deixe-a ser religiosa, ou deixe ela protestar contra isso. Tanta gente tira a vida dos outros por não concordar com a escolha do outro. Mas não adianta: a felicidade se chama amor.

A gente tem que saber conviver com o diferente, isso também é uma expressão do amor. Nós não somos deuses para julgarmos os outros pelos atos. Aceitar o diferente é um dom e uma forma de crítica. Sempre que você se pegar julgando, pense: ele está no seu direito.

Mas claro, para isso, há de se estar no direito. Não podemos ser levianos a ponto de acharmos que um ladrão ou um assassino ou um mentiroso está no seu direito. Não. O que eu digo tem a ver com tolerância. Vejo tantas correntes que, para lutar por seus ideais, precisam destruir outros. Isso é manifestação de ódio. Para exigir amor, você primeiro precisa dar. Para exigir respeito, você precisa dar. A gente só dá o que tem – lembre-se disso antes de julgar. Se você não está recebendo amor, reveja suas ações: provavelmente você não o está dando.

(via Obvious)

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