Christie Jameson e seu marido, Alva, tiveram dois filhos biológicos. Mas sentiam que tinham espaço em sua casa e em seus corações para vários outros. Então, eles começaram a adotar.
Uma criança levou a duas, depois a cinco, depois a 10 e depois a 20.
Ao longo de três décadas, os Jamesons adotaram 35 crianças ao todo – 26 delas com necessidades especiais.
“Nós não fomos à procura de uma família – a maioria deles veio até nós a partir de quando nós falamos que levávamos as crianças que ninguém mais queria”, diz Jameson. Ela perdeu seu marido para o câncer em 2009 e cuida sozinha de seus filhos, sendo 11 crianças deficientes em casa, incluindo seis com problemas cardíacos graves.
“Todas as crianças merecem um lar e eu simplesmente não podia suportar o pensamento de meus filhos não terem uma família”, disse Jameson. “Em meu coração, eu sabia que havia sempre espaço para mais um. E eu sei que deve haver outras pessoas lá fora que fariam o mesmo.”
Embora o silêncio fosse raro e a mesa da cozinha estivesse sempre lotada, “eu adorava ver meus pais conhecendo as necessidades de cada criança que se juntou à nossa família”, disse Kristin Jameson, 45, filha biológica de Christie. “Eu amo todos os meus irmãos e gosto de ajudar a criá-los. Foi muito difícil quando eu tive que sair de casa e ir para a faculdade.”
Agora, como uma professora de educação especial no sul do Arizona, Kristin diz que a escolha de sua carreira foi inspirada em sua mãe.
“O conhecimento que tenho como professora não veio da faculdade, mas sim de viver e trabalhar com meus irmãos”, diz ela. “Meus pais inculcaram uma ética de trabalho tão forte em cada um de nós e eu aprendi a importância de ensinar cada criança a atingir seu próprio potencial”.
Ao longo dos anos, Christie Jameson adotou crianças com síndrome de Down, espinha bífida, paralisia cerebral e síndrome alcoólica fetal. Alguns de seus filhos foram física ou sexualmente abusados e alguns são cegos ou surdos, enquanto outros têm sistemas imunológicos fracos e não se espera que vivam muito.
“Dos 35 que adotamos, perdemos alguns por causa da doença”, diz ela. “Toda vez, é doloroso, mas se eu tivesse que fazer tudo de novo, eu faria. Eles mereceram toda a felicidade que puderam obter no curto espaço de tempo que eles estiveram aqui. Eles trouxeram muita alegria em minha vida.”
Em cada um dos funerais de suas crianças, Jameson interpreta a música “The Dance” de Garth Brooks, porque ela se identifica com a letra, “Eu podia escapar da dor. Mas teria perdido a dança.”
“Isso é honestamente como eu me sinto – eu simplesmente não consigo imaginar perdendo a dança em qualquer uma das vidas de meus filhos”, diz ela. “Foi uma honra ser mãe deles.”
Embora ela tenha agora dois assistentes que vêm diariamente para ajudar com o banho e a alimentação, Jameson não recebia subsídios do estado para os cuidados de sua família até pouco antes de seu marido morrer.
Para garantir que sua família continue sendo cuidada, Jameson colocou sua casa e sua poupança em um seguro “para que eles sempre se sintam amados e protegidos”, diz ela. “Para o resto de suas vidas, quero que meus filhos sejam amados e cuidados, eles fizeram o mesmo por mim durante toda a minha vida, eles me deram muito mais do que eu poderia dar a eles”, conclui Jameson.
(via Sunny Skiz)