Papa Francisco: “Um importante serviço inscrito no projeto divino”

A derrota das doenças que mais afligem a humanidade é um dos maiores objetivos perseguidos pela comunidade científica – e os progressos que se conquistam são compartilhados com grande interesse nas redes sociais, hoje o principal veículo de transmissão de notícias do planeta.

MAL DE ALZHEIMER

Uma das notícias virais deste ano abordou justamente uma possível cura do mal de Alzheimer, relatada pelo site Science Alert. A notícia informava sobre o uso de ultrassom, testado por enquanto em ratos, para remover a beta-amilóide e reativar a memória.

A descoberta é dos pesquisadores australianos do Queensland Brain Institute (QBI), da Universidade de Queensland, e pode marcar um ponto de viragem na vida de 50 milhões de pacientes de Alzheimer em todo o mundo, bem como das suas famílias.

A tecnologia baseada em ultrassom não invasivo “limpa” do cérebro as placas amiloides neurotóxicas, estruturas responsáveis pela perda de memória e pelo declínio cognitivo nos pacientes com o mal de Alzheimer.

A equipe de pesquisadores relatou que as funções ligadas à memória foram totalmente restauradas em 75% dos ratos submetidos ao experimento, sem qualquer dano ao tecido cerebral circundante. Os ratos mostraram melhor desempenho em três tarefas relacionadas com a memória: labirinto, teste de reconhecimento de novos objetos e teste para se lembrarem de lugares a ser evitados. A equipe já planeja testes com outros animais, como ovelhas, e espera estender os experimentos a seres humanos ainda em 2017.

CÂNCER

As esperanças parecem avançar também no tratamento do câncer: de acordo com recentes pesquisas médicas, existe uma raiz que mata 98% das células cancerosas em apenas 48 horas.

Trata-se do taraxacum, uma espécie de dente-de-leão, usado na medicina desde tempos antigos por suas propriedades curativas e frequentemente empregado para tratar problemas de fígado, rins e vesícula biliar. A raiz, que é usada na China há séculos contra certos tipos de câncer, tem níveis muito elevados de potássio e vitamina A, entre outras substâncias. Tem-se revelado útil no combate ao câncer de próstata, de cólon, de mama, de fígado e, especialmente, nos pulmões. O pó derivado da raiz conteria substâncias que ajudam a “reconstruir” o sangue e o sistema imunológico.

A CIÊNCIA E A IGREJA

Os avanços da ciência focada no efetivo e integral bem-estar humano, ao contrário do que pregam as campanhas anticatólicas, são sempre celebrados e apoiados pela Igreja (se desejar, veja mais sobre a relação entre ciência e fé católica neste outro artigo).

“O magistério da Igreja sempre afirmou a importância da pesquisa científica para a vida e a saúde das pessoas”, afirmou o Papa Francisco durante um encontro com os membros da Sociedade Europeia de Cardiologia, em 31 de agosto deste ano. “A Igreja não só acompanha vocês este caminho tão árduo como também o promove e apoia, porque entende que a dedicação ao efetivo bem da pessoa é uma ação que provém de Deus. A natureza, em toda a sua complexidade, incluindo a mente humana, é criatura de Deus. O estudioso pode e deve investigá-la, sabendo que o desenvolvimento das ciências filosóficas e empíricas e das competências práticas que servem ao mais fraco e doente é um importante serviço inscrito no projeto divino“.

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