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Vamos deixar as “selfies” e o egoísmo para trás em 2018?

woman taking selfie with cell phone

Tara Moore | Getty Images

Chloe Mooradian - publicado em 30/12/16

Eu resolvi renunciar às selfies e tirar mais fotos de outras pessoas no ano novo. Quer se juntar a mim?

Estamos a apenas alguns instantes do novo ano, e como o final deste ano se aproxima, as listas como o “melhor de 2017” vão se estendendo: melhores filmes, melhores instituições de caridade, melhores jogadores, e assim por diante. Como tantos outros, eu adoro rever e ler sobre os melhores momentos que 2017 nos trouxe; é uma ótima maneira de refletir sobre a passagem do tempo em nossas vidas. Mas, há uma onda entre as listas dos ‘Melhores de 2017” que eu não consigo apreciar: a lista de #MelhoresSelfies2017.

Quando essa lista, em particular, piscou no meu feed do Twitter eu senti como se um grande rolo-compressor estivesse vindo. Porque se há algo que eu acho que devemos ver menos em 2018, são as selfies.

Do SnapChat ao Instagram, nossas mídias sociais nos motivam a tirar a selfie perfeita. Isso significa que nos afastamos de um evento importante ou reunião em que estamos para pegarmos nossos smartphones e tirarmos uma foto de nós mesmos.

Achamos que só vai levar um segundo. Mas, se você é como eu, nunca é apenas uma foto rápida. Depois que tiramos a foto, vem a edição e o retoque para certificar se a imagem está certinha. Para ver se nossos rostos estão bonitos e se o fundo vai impressionar. E tudo é tão … artificial.

Depois de um 2017 cheio de selfies, este ano, vamos rejeitar a onda de autoindulgência e artificialidade e, em vez disso, adotar hábitos de altruísmo e autenticidade.

Não me levem a mal, eu tenho sido culpada pela quantidade de selfies que eu faço e de fotos editadas de mim mesma. Na véspera de Natal deste ano, eu coloquei um vestido extravagante e passei um certo  tempo na minha maquiagem. Depois de tirar uma selfie, eu a inseri na ferramenta de edição de fotos do aplicativo do meu telefone e usei alguns filtros. Após passar o dedo na vertical e na horizontal algumas vezes, percebi que o que restava era uma garota que era eu, mas não completamente. Sua pele estava mais suave. Seu rosto estava um pouco mais magro. Era como Chloe, a versão melhorada. E eu percebi que não gostava.

Eu sou perfeccionista, o que, provavelmente, me atrai para a vida filtrada. Com esses rápidos ajustes de selfie ninguém podia ver minhas falhas, minhas não tão boas habilidades para a maquiagem e aquele ponto de acne com o qual eu tenho lidado este mês. Mas quanto mais velha eu fico, mais eu sinto que estou perdendo o amor por essa versão digital perfeita de mim mesma. Quanto mais me sinto confortável com quem eu realmente sou (com falhas imperfeitas e tudo), menos eu quero ver esta “Chloe perfeita”.

De certa forma, eu percebo que tenho deixado esta outra versão de mim mesma – “Chloe perfeita” – tomar mais do que apenas o meu telefone com câmera. Eu não tenho só filtrado minhas fotos, mas também, o que eu digo em meus posts nas mídias sociais … e até mesmo na minha vida fora da tela. Eu digo às pessoas que estou bem e enterro o meu estresse em uma tentativa de fazê-lo parecer que estamos todos na mesma. Evito conversas de coração a coração porque pode surgir algo que me deixa desconfortável. Mas quero parar. E, se você sente o mesmo que eu, eu quero que você pare também.

Meu desafio, hoje, não é, necessariamente, apenas postar foto não editada de mim mesma. Porque eu acho que postar poucas fotos desse tipo provavelmente não vai mudar sua própria mentalidade fora da tela. Em vez disso, vamos trabalhar em tirar o filtro de suas interações com os outros. Seja vulnerável. Admita a falha. Peça ajuda. Porque as pessoas querem conhecer você – verdadeiramente. Eu quero que as pessoas conheçam a Chloe Mooradian que tem medo de peixe, que está bebendo sua quarta xícara de café hoje e que está desligando seus filtros de foto. Porque a Chloe é uma pessoa muito mais interessante do que aquela que posta selfies perfeitas nas redes sociais.

Então eu pergunto: O que aconteceria se 2018 fosse o ano em que removêssemos os filtros e as selfies de nossas vidas? Este ano, vamos viver a vida inteiramente, sem um indicador de “curtidas” e comentários em nossas fotos. Vamos tirar fotos de outras pessoas mais do que tirar fotos de nós mesmos. Vamos deixar o celular no nosso bolso e, realmente, estarmos presentes para comemorar os momentos alegres e as realizações de outras pessoas ao longo deste próximo ano. Vamos fazer deste ano um tempo de altruísmo, não de selfies.

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