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A ansiedade na visão cristã

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Suely Buriasco - publicado em 03/01/17

Segundo estudos recentes o número de pessoas com depressão ou ansiedade aumentou em quase 50% entre 1990 e 2013, passando de 416 milhões para 615 milhões. Qual é a ótica cristã sobre o tema?

Segundo estudos recentes o número de pessoas com depressão ou ansiedade aumentou em quase 50% entre 1990 e 2013, passando de 416 milhões para 615 milhões. Os dados são alarmantes e merecem toda a atenção. Um dos fatores que se destacam é a supervalorização do ter, ou seja, o consumismo exacerbado com o agravante de manter uma aparência interessante a ser exposta nas redes sociais. No mínimo lamentável!

Jesus abordava temas de profundo significado que só passaram a ser analisados pelos homens dezenove séculos depois, com o surgimento da psiquiatria e da psicologia. Sempre adiantado em seu tempo Ele discorreu sobre as dificuldades criadas pela ansiedade: “Não andeis ansiosos pela vossa vida”. Com essas palavras, Jesus alerta sobre o imediatismo humano que leva as preocupações exageradas com a sobrevivência, os pensamentos antecipatórios, à desvalorização do ser em relação ao ter.

O Mestre é grande sábio, as causas que Ele apontou não mudaram no mundo moderno; pelo contrário, se intensificaram. Claro que existe uma ansiedade inerente ao homem, ligada à construção de pensamentos e que, portanto, é normal. Todavia, muitas vezes, usamos os pensamentos contra nós mesmos e geramos uma vida ansiosa. Os problemas ainda não ocorreram, mas já estamos angustiados por eles. O registro de Mateus diz “… Basta ao dia o seu próprio mal”. Para entendermos esta máxima observemos que a maioria de nossas preocupações antecipatórias nunca chega a acontecer realmente, tornando nosso sofrimento vão.

O transtorno de ansiedade torna a vida humana, que deveria ser prazerosa, um espetáculo de horror, de medo, de aflição. Nunca tivemos tantos sintomas psicossomáticos: cefaleia, dores musculares, fadiga excessiva, sono perturbado, transtornos alimentares, como a bulimia, anorexia e obesidade. Isto reflete a nossa dificuldade em gerenciar nossos pensamentos em favor de nós mesmos. Sendo a ansiedade gerada em nossos pensamentos e levando em consideração que pensar é um ato involuntário, compreendemos que é no pensamento que devemos nos vigiar.

Aprendendo a gerenciar nossa mente a nosso favor dominamos as reações emocionais e passamos a ser executores de nossa história. O primeiro passo é, sem dúvida, detectar os pensamentos destruidores e passar a evitá-los cada vez mais. Esses pensamentos são ligados aos sentimentos de orgulho, inveja, ódio e insegurança, por isso podem prejudicar quem os alimenta.

Cristo não frequentou escola, não estudou as letras, mas foi e continuará sendo o grande Mestre da Vida, seus ensinamentos são sempre atuais e oportunos porque em sua sabedoria tinha convicção que seriam necessários nos séculos seguintes. Ao exclamar: “Eu sou a verdade, o caminho e a vida”, Jesus nos alertou sobre a necessidade de procurar seus ensinamentos a fim de nos tornarmos seres humanos melhores e mais conscientes.

(via Suely Buriasco)

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