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Sem as 14 obras de misericórdia, a nossa fé é pura falsidade

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Francisco Vêneto - publicado em 26/01/17
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Você tem certeza de que conhece e pratica todas e cada uma delas?

Você tem certeza de que conhece e pratica todas e cada uma delas?

Uma das heresias que mais caracterizam as vertentes “alternativas” do cristianismo é a que prega a chamada “sola fides“, expressão em latim que significa “somente a fé“. Segundo esta heresia, a fé sozinha bastaria para nos salvar, sem necessidade alguma de realizarmos boas obras.

A fé católica, no entanto, é explícita ao destacar que as boas obras são indispensáveis para a salvação: “A fé, sem obras, é morta“.

Esta verdade está claramente escrita na Carta de São Tiago, capítulo 2, versículo 17: “Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma“.

De nada adianta declarar fé da boca para fora e não praticar boas obras, pois Deus nos julgará pelos nossos atos e omissões, não apenas pelas nossas alegações teóricas.

Cristo mesmo nos alertou a este respeito com perfeita objetividade em várias passagens do Evangelho, sendo uma das mais conhecidas a de Mateus 25, 34-46:

“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era estrangeiro e me hospedastes; estava nu e me vestistes; adoeci e me visitastes; estive na prisão e me fostes visitar’.

Então os justos lhe responderão, dizendo: ‘Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-te?’

E, respondendo o Rei, lhes dirá: ‘Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes’.

Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: ‘Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes’.

Então eles também lhe responderão, dizendo: ‘Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?’

Então lhes responderá, dizendo: ‘Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim’.

E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”.

Este é o texto dos Evangelhos que define as assim chamadas “7 obras de misericórdia corporais“.

O Catecismo de São Pio X destaca a importância imprescindível dessas obras e também das 7 obras de misericórdia espirituais, em seus seguintes números do Capítulo IV (chamado, precisamente, “Das obras de misericórdia”):

Nº 937 – Quais são as boas obras de que se nos pedirá conta particular no dia do Juízo? | As boas obras de que se nos pedirá conta particular no dia do Juízo são as obras de misericórdia.

Nº 938 – Que se entende por obra de misericórdia? | Obra de misericórdia é aquela com que se socorre o nosso próximo nas suas necessidades corporais ou espirituais.

Nº 939 – Quantas são as obras de misericórdia? | As obras de misericórdia são catorze: sete corporais e sete espirituais, conforme são corporais ou espirituais as necessidades que se socorrem.

Nº 940 – Quais são as obras de misericórdia corporais?

As obras de misericórdia corporais são:

1ª Dar de comer a quem tem fome;
2ª Dar de beber a quem tem sede;
3ª Vestir os nus;
4ª Dar pousada aos peregrinos;
5ª Assistir aos enfermos;
6ª Visitar os presos;
7ª Enterrar os mortos.

Nº 941 – Quais são as obras de misericórdia espirituais?

As obras de misericórdia espirituais são:

1ª Dar bom conselho;
2º Ensinar os ignorantes;
3ª Corrigir os que erram;
4ª Consolar os aflitos;
5ª Perdoar as injúrias;
6ª Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;
7ª Rogar a Deus por vivos e defuntos.

 

Em resumo, como bem disse São João da Cruz: “Ao entardecer desta vida, seremos julgados pelo amor“.

E não pelo que dizemos da boca para fora.