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Espiritualidade
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Explicação rápida e urgente: felicidade não é a mesma coisa que alegria

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Nina Buday

Francisco Vêneto - publicado em 19/02/17

Entenda a diferença - e se permita ser mais feliz, inclusive nas horas difíceis!

Dentro da espiritualidade cristã, Deus é a própria Felicidade, pois Ele é a Realização Plena do Ser e a felicidade consiste em realizar-se plenamente.

Atenção: a felicidade não consiste em “ter-se realizado plenamente” – ela consiste em “realizar-se plenamente”, em “estar-se realizando plenamente”. A felicidade é um processo em andamento, é um agora, é um hoje, e não o efeito estático de um “ontem ideal”. Deus é Felicidade Plena porque Deus É – sempre! E nós podemos ser felizes ao participar o mais plenamente possível do ato de ser (e ser é muito mais que ter, fazer, saber…).

Felicidade, portanto, tem a ver com a intensidade com que somos.

Por isso mesmo, nem sempre a felicidade se manifesta de maneira “festiva” e exteriormente “exultante”: muitas vezes, nossos sentimentos podem estar “em baixa”, com as típicas e naturais variações do humor que afetam todo ser humano. Acontece que a felicidade não é um “sentimento”, nem um quadro médico de perfeito equilíbrio dos hormônios ou dos neurotransmissores: a felicidade é uma atitude consciente, é uma decisão consciente de vida, é a postura de quem reconhece com realismo, serenidade e maturidade que está em processo contínuo de “realizar-se”, de crescer no próprio ser, inclusive em meio às provações e dificuldades mais desafiadoras.

Mesmo nos momentos de profundo desânimo sentimental, nos quais a “sensação” de alegria se apaga em trevas espessas, a pessoa que é feliz em seu espírito e em sua consciência se mantém serena, estável: ela enfrenta com determinação e força as “sabotagens” do humor e dos sentimentos, pois não perde de vista a constatação objetiva de que as circunstâncias externas serão sempre variáveis – e de que é nelas que exercitamos, vivencialmente, o ato presente de ser, de “realizar-nos”, o ato presente de escolher livremente, agora, entre aquilo que importa de verdade (ser) e aquilo que é auxiliar (ter, saber, fazer…).

A felicidade é uma questão de perspectiva no momento presente; é uma atitude positiva e decidida, sempre no agora, de aprendizado, de escolha, de crescimento, de superação e de aperfeiçoamento contínuo, quaisquer que sejam as circunstâncias; a felicidade não é um distante e abstrato ponto futuro de chegada: a felicidade é o próprio trajeto, é o próprio processo de realizar-se, consciente e perseverante. Agora. Não ontem, nem amanhã.

É claro que também há momentos, e são muitos, nos quais a felicidade coincide com a alegria – mas felicidade e alegria não são a mesma coisa. Alegria é um estado de bom humor, de sentimentos “leves”; por isso mesmo, é uma “sensação” que vai e vem. Aproveite os momentos de alegria e seja grato por experimentá-los. Mas, para a sua felicidade verdadeira, não os confunda com… a felicidade verdadeira.

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