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Menino de 5 anos: “Agora vou morar com a minha tia. Lá tenho o meu quartinho. Não durmo mais no banheiro”

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Aleteia Brasil - publicado em 06/03/17
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Ele é apenas uma das 144 crianças que são agredidas no Brasil POR DIA. 6 a cada hora.A cada hora, 6 crianças brasileiras são agredidas. Não são casos “leves” – se é que alguém em sã consciência consegue mesmo imaginar um caso “leve” de agressão a uma criança. Os casos incluem espancamentos. Queimaduras propositais. E mutilações.

Segundo estimativas policiais, para cada caso denunciado, outros 10 ficam no anonimato. A situação real, portanto, é muito pior que o panorama já gravíssimo que se vislumbra hoje.

Cerca de 70% das ocorrências no país acontecem no espaço em que as crianças deveriam se sentir mais protegidas: dentro de casa.

Em alguns casos, a crueldade é tanta que as crianças não resistem e morrem.

Entre os casos chocantes documentados, não faltam aqueles cujo laudo aponta a “síndrome do bebê chacoalhado”: adultos criminosos, na maioria das vezes os próprios pais das vítimas, agridem crianças de menos de 1 ano de idade porque elas estão chorando. O resultado são coágulos na cabeça que as levam à morte.

O relevante projeto NÓS, do Diário Catarinense, abordou este panorama e destacou frases que nos deixam vislumbrar um pouco do mundo de medo e dor em que tiveram que viver essas crianças agredidas:

“Agora vou morar sempre com a minha tia-madrinha. Lá tenho o meu quartinho, a minha caminha. Não durmo mais no banheiro. Banheiro é só pra fazer xixi e tomar banho”
(relato de menino de 5 anos, durante atendimento psicossocial)

“Ele só dizia que a gente incomodava muito”
(criança tenta “explicar” os maus-tratos sofridos)

“Naquela madrugada, eu ouvi a aflição da criança, que dava gritos de desespero”
(relato de vizinha à polícia sobre sofrimento de uma menina)

“A morte vem te pegar. E vem de roxo”
(menina de 5 anos repete na delegacia a frase que ouvia do agressor)

A matéria do projeto NÓS, focada em especial no Estado de Santa Catarina, pode (e merece) ser conferida aqui.

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