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Criança de 6 anos com “brinquedos demais” faz doação incrível

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Melissa Work

Blake Work at the "Free Toy" stand he created in front of his house. Photo courtesy of Melissa Work

Elizabeth Pardi - publicado em 19/03/17

Queremos que nossos filhos sejam generosos, mas isso não funciona se os forçarmos

Qualquer mãe que pensa que está constantemente tentando transmitir o valor da generosidade para seus filhos será inspirada pela história de Blake Work. O menino de 6 anos, da Flórida, recentemente passou seis horas sentado do lado de fora de sua casa com um “stand de brinquedos grátis”. Sua mãe, Melissa Work, revelou a fonte da generosidade de seu pequeno, explicando que ela tinha lhe dito que enquanto ele limpava seu quarto ele deveria separar os brinquedos que não usava mais.

Quando Blake lamentou a grande quantidade de brinquedos que jogaria fora, Melissa, em um movimento brilhante, convidou-o a enxergar de forma diferente. “Eu expliquei a ele que [brinquedos] são bênçãos, que ele é muito afortunado por tê-los. E que há um monte de crianças lá fora que não têm muitos brinquedos, até mesmo nenhum brinquedo”. Tocado, Blake ficou de coração partido ao ouvir isso. “Seu rosto entristeceu”, disse Melissa. Ele então disse à mãe que tinha uma ideia, de colocar seus brinquedos e oferecê-los a outras crianças.

No dia seguinte, Blake foi “trabalhar”. Ele juntou os brinquedos e os colocou na entrada de sua casa. Para anunciar, ele fez um cartaz, que dizia: “Animem-se, crianças. Venham para a casa do Blake Work. Temos brinquedos gratuitos para vocês”. Se seu coração ainda não está derretido, continue lendo.

As horas passaram e nenhuma criança apareceu, mas Blake não desistiu. Ele continuou lá, trazendo sua cadeira para que pudesse descansar.

Finalmente, ao longo do dia, surgiram alguns “clientes”. Um homem insistiu em pagar US$ 5 pelo robô favorito de Blake para dar a seu neto. De acordo com Melissa, Blake “imediatamente falou sobre doar o dinheiro”. Mais tarde, uma família com crianças pequenas veio e levou vários livros e, finalmente, Blake recebeu uma visita de sua professora, que Melissa tinha enviado uma mensagem. “Ela veio dizer a ele como ela estava orgulhosa. Era a maneira perfeita de terminar o dia”.

Embora o empreendimento generoso de Blake seja reconfortante, a generosidade não vem tão facilmente em todas as crianças, e isso é perfeitamente natural. A maioria dos pais tem dificuldades de ensinar seus filhos a compartilhar as coisas.

Como explica o pediatra Dr. Sears, “a verdadeira partilha implica empatia, a capacidade de entrar em outra mente e ver as coisas do seu ponto de vista. As crianças raramente são capazes de ter verdadeira empatia com menos de seis anos. Antes disso, elas compartilham porque você as condiciona a fazê-lo”.

Há, no entanto, passos simples que, como pais, podemos fazer para incentivar a generosidade. Em primeiro lugar, não pode ser forçado, apenas exemplificado. Dr. Sears aconselha respeitar as tendências possessivas naturais das crianças enquanto modelamos a generosidade em nós mesmos. Se os nossos filhos nos testemunharem praticando essa virtude, naturalmente virão a conhecer esse valor.

Como explica a escritora de Parents.com e mãe de sete, Ellie Kay, “a partir do momento que meus filhos começaram a entender, eles trabalharam ao meu lado e ao lado do meu marido [fazendo trabalho de caridade]. Como resultado, eles cresceram pensando nos outros além de si mesmos”.

Uma vez que a capacidade de empatia tem muito a ver com um espírito doador, ensinar as crianças a identificar os sentimentos dos outros pode plantar sementes de generosidade. A colunista da Slate.com, Melinda Wenner Moyer, aponta para um estudo realizado em 2012 que mostra “que as crianças com 18 meses foram mais propensas a compartilhar e ajudar os outros quando tiveram pais que pediram para explicar as emoções retratadas nos livros”. Surpreendente? Sim, mas com certeza faz sentido.

Então, quando se trata disso, se quisermos que nossos filhos sejam mais parecidos com Blake, isso começa com o exercício da generosidade, ensinando-lhes a empatia. Se pudermos fazer isso, estaremos fomentando a generosidade em nossas próprias casas, o que terá implicações de maior alcance do que imaginamos.

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