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Exorcista ou psicólogo? Papa Francisco fala das “doenças espirituais”

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Aleteia Brasil - Ary Waldir Ramos Díaz - publicado em 24/03/17
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Algumas “dicas” do Santo Padre aos confessoresAs pessoas que recorrem ao confessionário vêm de muitas situações diferentes, que podem incluir transtornos espirituais cuja natureza deve ser cuidadosamente discernida, afirmou o Papa Francisco aos participantes do XXVIII Curso para Confessores, realizado na semana passada no Vaticano.

O Santo Padre explicou que o confessor deve discernir conscientemente a natureza dos transtornos espirituais dos fiéis que se confessam: em grande parte, esses transtornos podem ser psicológicos, possibilidade que precisa ser verificada em saudável “parceria” com as ciências humanas. Ao mesmo tempo, conforme os casos, o confessor deve pensar também no recurso àqueles que, na diocese, estão encarregados do delicado e necessário ministério do exorcismo. Francisco indicou, a este propósito, que os exorcistas precisam “ser escolhidos com muito cuidado e atenção”.

Não se vira um bom confessor graças a um curso”, prosseguiu o papa, ressaltando que o confessionário é “uma longa escola que dura a vida inteira”.

 

Mas, afinal, quem é o bom confessor?

 

1 – Verdadeiro amigo de Jesus Cristo

Francisco disse que o bom confessor é, antes de mais, um verdadeiro amigo de Jesus Cristo, o Bom Pastor. Sem esta amizade, será muito difícil amadurecer a paternidade tão necessária ao ministério da Reconciliação. E o que significa ser amigo de Jesus? “Significa, primeiramente, cultivar a oração. Seja a oração pessoal com o Senhor, pedindo o dom da caridade pastoral, seja uma oração específica para o exercício da tarefa de confessor junto aos fiéis, irmãos e irmãs que vêm até nós em busca da misericórdia de Deus”, respondeu o Santo Padre.

O confessor que reza é um reflexo credível da misericórdia de Deus e evitará as asperezas e incompreensões, que, às vezes, podem surgir também no encontro sacramental, completou Francisco.

 

2 – Homem do Espírito, homem de discernimento

Em segundo lugar, ele destacou que “o bom confessor é um homem do Espírito, um homem de discernimento. Quantos males têm origem na falta de discernimento da Igreja!”, observou, instando à escuta humilde do Espírito Santo e da Vontade de Deus.

E o papa completou: “O confessor não faz a sua própria vontade e não ensina a sua própria doutrina; ele é chamado a fazer sempre e somente a vontade de Deus, em plena comunhão com a Igreja, da qual é ministro e servidor”.

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