A Igreja da Candelária é uma das construções mais antigas e imponentes da cidade do Rio De Janeiro.
Sua origem está ligada a uma história, que ninguém sabe ao certo se é verídica. Diz a lenda que um casal de portugueses (Antônio Martins Palma e Leonor Gonçalves.) navegava pelo litoral carioca em um navio denominado “Candelária”. Uma tempestade atingiu a região e quase fez a embarcação naufragar. Desesperado, o casal fez uma promessa: se escapassem com vida da tormenta, eles edificariam uma capela e a dedicariam à Nossa Senhora. Felizmente, todos se salvaram e o casal, em 1609, mandou construir a igrejinha no local onde hoje está a Igreja da Candelária, ou seja, de frente para a Baía da Guanabara, Centro Histórico do Rio. Nascia, assim a Igreja de Nossa Senhora da Candelária.
Claro que a Igreja passou por muitas reformas até chegar ao seu estado atual. Do ponto de vista artístico-arquitetônico, é considerada uma das principais obras artísticas do século XIX pela arquitetura neoclássica e pela decoração interna exuberante, misto de neoclássico e eclético. As paredes e as colunas são revestidas com mármore italiano policromado. As pinturas murais também são consideradas obras de arte. Foram feitas pelo artista João Zeferino da Costa, pintor e professor da Academia Imperial de Belas Artes. A fachada do século XVIII apresenta harmonia nos contrastes do branco e do granito, além de mostrar diferentes perfis de janelas e as duas imensas torres. Por ser tão antiga e por ter passado por muitas restaurações, dentro da Igreja também é possível encontrar equilíbrio entre os vários estilos, principalmente o barroco e o art-nouveau.
A Igreja da Candelária também ficou conhecida por ser palco de acontecimentos de repercussão nacional. Em 1993, oito adolescentes foram mortos por policiais em frente à Igreja. O episódio ficou conhecido como “Chacina da Candelária”. Antes, em 1984, um comício da campanha Diretas-Já, que culminou na redemocratização do Brasil, levou mais de um milhão de pessoas para os arredores da Igreja.
Em 2016, a praça em frente à Igreja foi reformada para receber a pira olímpica, em decorrência do fato de a cidade ter sediado os Jogos Olímpicos. Foi a primeira vez na história da competição que a pira foi instalada fora de um estádio. Com isso, o local virou ponto turístico e a Igreja ficou ainda mais conhecida internacionalmente.