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Assista: Médico toca e canta para menininha internada com doença rara

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Aleteia Brasil - publicado em 31/03/17
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“Aquilo se chamava Paz”, disse o médico; vídeo virou sucesso na internetNas imagens, uma linda garotinha – presa à sonda do soro que pinga em sua veia – ensaia alguns passos. Em instantes, deixa-se levar pela música tocada e cantada por um médico, no hospital onde ela estava internada. Parece que, por alguns instantes, a menina se esquece do sofrimento causado por uma doença rara da qual ela é portadora, a Histiocitose de células de Langerhans, caracterizada pela proliferação de células específicas, que causam tumores ao redor de tegumentos, ossos e vísceras.

O vídeo foi gravado em um dos hospitais públicos mais conceituados da América Latina, o Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

 

Em seu perfil no Facebook, o médico residente em pediatria, Paulo Martins, conta que resolveu levar o ukelele (um instrumento havaiano de cordas) para proporcionar um pouco de alegria aos pacientes internados. A maioria era adolescente com câncer. Ele e alguns colegas começaram, então, a tocar e a cantar de quarto em quarto. Sofia, a garotinha do vídeo, acompanhava tudo de perto. Foi quando o pai da garota pediu ao médico que ele tocasse uma música para a pequena. “Inicialmente fiquei envergonhado, pois não sabia nenhuma música infantil. Mas o pai me acalmou, “ela gosta de Marília Mendonça”. Não teve jeito. Comecei a tocar, baixinho, e à medida que os acordes e a letra iam fluindo, seus passos magicais foram me acompanhando. Dançou a música inteira. Terminei e me pediram outra. Medo Bobo. Toquei e ela dançou divinamente bem. Ao término, só alegria. Todo mundo feliz, leve. Aquilo se chamava Paz”, escreveu o residente no Facebook.

O vídeo ganhou a internet e viralizou. Milhões de pessoas já o assistiram e se contagiaram com a iniciativa e com a alegria e a beleza da pequena Sofia.

O médico diz que não é a primeira vez que desenvolve ações para quebrar a rotina fria do hospital e deixar o tratamento mais humano. Ele conta que já confeccionou pijamas alegres e coloridos para crianças internadas. E desabafa: “Amar e se dedicar ao próximo jamais deve ser um fato único que chame a atenção, tem de ser algo constante e rotineiro. As crianças precisam disso! Nós que temos de levar alegria e boa energia nos lugares aonde vamos, e jamais devemos nos abater com o mau humor, indiferença e tristeza que algumas vezes tentam nos contaminar”.

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