A produção industrial brasileira teve um pequeno aumento mensal de 0,1% em fevereiro, apesar das recentes melhoras da confiança na indústria.
Em relação a fevereiro de 2016, a produção industrial caiu 0,8% em fevereiro, depois de ter registrado em janeiro um aumento de 1,4% que terminou com uma série negativa de 34 meses, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta de 0,1% em relação a janeiro (dados corrigidos) fica abaixo da estimativa média de aumento de 0,6% de 41 analistas consultados pela agência Bloomberg.
O pequeno acréscimo de 0,1% da atividade industrial, na passagem de janeiro para fevereiro de 2017, mostrou taxas positivas em três das quatro grandes categorias econômicas e em 13 dos 24 ramos pesquisados, com destaque na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (6,1%) e máquinas e equipamentos (9,8%) que haviam recuado em janeiro.
Entre os setores que reduziram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi dos produtos alimentícios (-2,7%), que interrompeu dois meses consecutivos de expansão na produção.
Outras contribuições negativas relevantes vieram de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-3,7%), de celulose, papel e produtos de papel (-5,6%), de metalurgia (-1,9%) e de indústrias extrativas (-0,5%).
A confiança do setor industrial foi reforçada nos últimos meses, com a queda da inflação e a perspectiva de uma intensificação dos cortes da taxa básica de juros por parte do Banco Central.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) alcançou 54,0 pontos em março, o maior nível desde janeiro de 2014 e está 4,0 pontos acima da linha divisória dos 50 pontos e 16,6 pontos mais alto que o registrado no mesmo mês de 2016.
(AFP)