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Horror: Inglaterra condena à morte um bebê inocente de 8 meses de idade

Charlie

Charlie Gard - Reprodução

Este bebê de 8 meses foi condenado à morte pela "justiça" de um país que se considera "civilizado", apesar da chance de lutar pela própria vida mediante um tratamento experimental no exterior

Francisco Vêneto - publicado em 12/04/17

"Justiça" do país "civilizado" atropelou a vontade dos pais de Charlie

A “justiça” da Inglaterra, entre aspas e com minúsculas por questão de Justiça, autorizou nesta terça-feira o assassinato forçado de um bebê de 8 meses de idade, atropelando monstruosamente até mesmo a vontade dos próprios pais da criança condenada à morte.

O pequeno Charlie Gard sofre de uma doença mitocondrial rara, que provoca o enfraquecimento dos seus músculos e sérios danos cerebrais. Ele recebe suporte vital no Hospital Great Ormond Street, de Londres, mas os médicos “decidiram”, contra a vontade dos pais do bebê, que os aparelhos deverão ser desconectados para “evitar um sofrimento inútil”.

Os pais de Charlie, Chris Gard e Connie Yates, pretendiam levar o filho aos Estados Unidos para um tratamento experimental e, decididos a dar a ele todas as chances possíveis de vida e cura, por mínimas que fossem, rejeitaram terminantemente a “sugestão” assassina dos médicos.

O caso foi parar na “justiça”, entre aspas e com minúscula. Muito, muito minúscula.

Durante o processo, uma das médicas declarou que a criança já não ouve nem se mexe e está “sofrendo desnecessariamente”.

Charlie tinha nascido saudável, em agosto de 2016, mas, aos dois meses, foi internado com pneumonia por aspiração e seu quadro piorou muito rapidamente. Os pais iniciaram uma campanha de arrecadação de donativos para levar o bebê aos Estados Unidos. Graças à solidariedade concreta de mais de 80.000 pessoas, eles angariaram 1,2 milhão de libras (mais de 4,5 milhões de reais).

Mas a “justiça” inglesa, entre aspas e com minúscula, arrancou deles até o direito de tentar.

Foi digna de uma ditadura absolutista a cena tétrica no Alto Tribunal da Inglaterra em que a família de Charlie recebeu com gritos de “Não!” a odiosa decisão do juiz Nicholas Francis, que teve o desplante de declarar que batia o seu martelo homicida “com a maior das tristezas”, mas, ao mesmo tempo, com “a absoluta convicção” de estar fazendo “o melhor para o bebê“. Nas palavras indignantes do representante dessa minúscula “justiça”, o pequeno sentenciado ao extermínio merece “uma morte digna”! No parecer do juiz, porém, essa “dignidade” não consistiria em lutar pela vida mediante um tratamento novo, mas sim em ser forçado à eutanásia, sem qualquer respeito sequer pela vontade dos pais de garantir ao filho até a mínima das chances de vida.

Pode haver algum indicativo mais gritante de ditadura assassina do que a intromissão do Estado na decisão de uma família que quer a VIDA do próprio bebê?

É nojenta, abominável, a hipocrisia com que se tentam disfarçar com termos “doces” e “empáticos” as formas monstruosas de pensar, falar e agir dos escravos da cultura de morte e descarte que rege o mundo “civilizado” em nossa época. Essa cultura, que pervade cada vez mais corrosivamente o âmago de todos os segmentos da vida social, acadêmica, política e econômica da nossa sociedade suicida tem sido denunciada inúmeras vezes e com força pelo Papa Francisco, o máximo expoente atual da cultura da vida e do encontro que caracteriza o autêntico cristianismo.

A estarrecedora metástase do câncer moral que apodrece por dentro e por fora a “sociedade civilizada” fede nas palavras do juiz, que teve a coragem de se dirigir da seguinte forma aos pais do bebê cujo assassinato ele acabava, impavidamente, de decretar:

“Quero agradecer aos pais de Charlie pela sua campanha valente e digna em nome dele, mas, principalmente, prestar homenagem à sua total dedicação ao seu filho maravilhoso desde o dia em que nasceu”.

Não consigo enxergar nenhuma possibilidade de ouvir uma declaração como esta, nesse contexto, sem sentir a força de um soco na cara e os ecos de uma gargalhada de deboche em cada sílaba dessa condenação.

Que grau de monstruosidade é necessário, consciente ou já subconscientemente, para sentenciar um bebê à morte e se dirigir com tamanha hipocrisia aos pais da sua vítima indefesa? Uma vítima que ainda tem uma chance a seu alcance!

A advogada da família de Charlie, Laura Hobey-Hamsher, resumiu os efeitos dessa sentença ditatorial e assassina declarando que os pais do bebê ficaram simplesmente “arrasados”.

O filho deles tem uma chance de vida! Mínima, ínfima, não importa: é uma chance e eles querem e têm o direito de abraçá-la com toda a força da sua esperança e do seu amor de pais!

QUEM pode se arrogar o “direito” de lhes negar essa chance? QUEM?

Devastadoramente, esta não foi primeira vez que um juiz da “civilizada” Inglaterra determinou o desligamento do suporte vital a um bebê apesar da expressa vontade dos seus pais de continuar lutando pela vida. Em 2015, a “justiça” inglesa, minúscula e entre aspas, se fez cúmplice do assassinato de uma menina que tinha sofrido danos cerebrais irreversíveis devido à falta de oxigênio durante o parto, ocorrido dentro de um automóvel.

Se a “justiça” realmente acredita que está fazendo “o bem” ao tomar esse tipo de decisão homicida, a situação, já abominável em si mesma, consegue se tornar ainda mais sombria, preocupante e assustadora. “Cega” nunca foi melhor adjetivo para descrevê-la.

Qualquer ser humano que tenha um pingo de sincero desejo de defender a vida tem a obrigação moral de se manifestar em alto e bom som diante dos ataques cada vez mais abertos das hordas da morte e do descarte. Por enquanto, o direito de protesto ainda não nos foi proibido. Por enquanto.

Tags:
BebêsCultura do descarteEutanásiaJustiçaVida
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