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Não confunda cama com amor

N’oubliez pas de parler de sexualité avant le mariage !

© Shutterstock

Luz Ivonne Ream - publicado em 02/05/17

Como a castidade pode ajudar um casal de namorados a fazer escolhas mais conscientes

Este tema me parece muito importante, sobretudo para o jovens de hoje, que são bombardeados com tanta informação, muitas delas convidando-os a viver uma sexualidade totalmente irresponsável e promíscua, que tira a dignidade pessoal.

Uma dessas ideias errôneas é a de que o sexo é uma necessidade vital e que está tudo bem se você praticá-lo toda vez que sentir vontade… Claro, se o seu corpo pede, dê o que ele pede…Mentira! Necessidade vital é comer, beber água, dormir… necessidades que, se não satisfeitas a curto prazo, podem levar à morte. Quando você viu alguém na sala de emergência de um hospital morrendo por falta de atividade sexual? No entanto, há notícias de pessoas que morrem por inanição ou desidratação.

O sexo é um apetite, um instinto, uma expressão do amor que não pode ser reduzida à mera Biologia; é um presente que está a serviço do homem para um fim muito específico: comunicar o amor.

Para os que creem, é um dom que Deus deu, um toque de prazer para nos tornarmos coparticipantes de seu poder criador, ou seja, sermos cocriadores com Ele. Enorme privilégio que é preciso valorizar em sua justa medida!

Se hoje você está em uma relação que você gostaria de levar ao altar, formar um vínculo que seja para a vida toda e não sabe como fazê-lo, a resposta é muito simples: viva um namoro casto e escolha de maneira inteligente, não visceral.

Quando um casal opta por não viver a castidade no namoro, há muitíssimos riscos, como o de não saber escolher a pessoa indicada para compartilhar a vida. De fato, mesmo que os perigos para ambos sejam similares, geralmente a mulher é a que mais se arrisca. E eu vou explicar isso através de um olhar psicológico.

Quando uma mulher entrega seu corpo, a parte do cérebro que entra em funcionamento é a do cérebro límbico, não a do córtex cerebral, tirando-lhe, desta forma, a sua capacidade de raciocinar e de ter um pensamento crítico sobre o homem que está lhe proporcionando tanto prazer.

Neste estado, a mulher corre o risco de escolher o homem errado porque não é capaz de vê-lo com objetividade nem fazer discernimentos, tais como se esse homem é o que lhe convém ou não.

Quando falo de conveniência, refiro-me a se, realmente, esse homem será um apoio para ajudá-la a alcançar sua plenitude – ou santidade,  para os que creem – como fim primário de sua existência e do casamento.

De fato, é possível que os amigos e os familiares digam que esse homem não lhe convém e tentem fazê-la ver todos os defeitos dele, como a infidelidade, os vícios, a covardia… No entanto, ela o defende com unhas e dentes, porque não tem a capacidade de ver nele nenhum defeito ou, talvez, eles passem despercebidos simplesmente pelo fato de ela acreditar que eles não são para tanto.

Ou pior: a mulher pode ter o pensamento errôneo de que ela – com seu amor – vai mudá-lo quando eles se casarem. Nada mais falso do que isso! Esta cegueira emocional é perigosíssima. Isso não é amor; isso se chama “encantamento” ou “em-cama-mento”, porque, na cama, mentimos, estamos sendo incapazes de perceber o verdadeiro interior do outro.

Mas, o que acontece com a mulher que não tem a capacidade de ver o que os outros veem? Sua capacidade de discernimento ficou anulada e ela está tomando decisões unicamente com suas emoções, ou seja, sua inteligência emocional está anestesiada pela euforia que os encontros sexuais lhe proporcionam.

E o pior é que, em cada encontro, essa cegueira aumenta e se torna mais forte. Cada relação sexual gera – estejam apaixonados ou não – um tipo de “pagamento moral “ que une o casal, o que gera um sentimento de que um pertence ao outro.

Há uma sensação de não poder se desapegar emocionalmente do outro, mesmo que ela o queira e, no remoto caso em que perceba que a outra pessoa não lhe convém, não saberá como se safar desta relação, porque se sente presa a ela. Isso é um risco enorme, porque, em nome dessa adesão que ela vive, pode chegar inclusive a aceitar maus- tratos e faltas de respeito.

Por isso é que dizemos: hormônio mata neurônio! Creia em Deus ou não, seja moral ou não, convém que pratique a castidade, porque com pureza você se torna mais inteligente.

Agora está o outro lado: o casal de namorados que escolhe viver a castidade e não experimenta a sexualidade até se casar. Neste caso, a mulher casta saberá escolher de maneira mais inteligente se aquele é o homem que lhe convém ou não, já que seu poder de discernimento não estará anestesiado.

Ela poderá utilizar sua parte analítica – o córtex cerebral – para julgar e tomar a melhor decisão. Terá a capacidade de se fazer perguntas de maneira objetiva, de ver defeitos e, dessa maneira, tomar a melhor decisão.

A finalidade de um noivado casto e puro é a ajudar o casal a tomar a decisão mais importante da vida deles de maneira racional: esta pessoa me convém ou não, me ajuda ou me denigre, me faz ser uma pessoa melhor ou me tira a dignidade…

E lembre-se: a virtude da castidade é atemporal, não é uma moda; é um estilo de vida.

Tags:
CastidadeNamoroSexualidade
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