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3 de maio: há 1691 anos, Santa Helena encontrava a Cruz de Cristo!

santa helena cruz

Agnolo Gaddi - Public Domain

Aleteia Brasil - publicado em 03/05/17

A tradição conta que foram achadas três cruzes e que a verdadeira foi identificada graças a um milagre de cura

Hoje, dia 3 de maio, a Igreja celebra no Rito Romano o dia em que Santa Helena encontrou a Santa Cruz de Cristo. É uma data simbólica, pois há controvérsias quanto à data histórica exata em que as buscas promovidas pela mãe do imperador Constantino de fato identificaram a Vera Cruz, como foi chamada a verdadeira Cruz em que Jesus foi morto no Gólgota. Esse evento, em latim, é chamado de “Inventio Sanctae Crucis“, literalmente “Encontro da Santa Cruz“. A palavra “inventio“, que vem do verbo “invenire” (encontrar), tem sido traduzida de modo discutível como “invenção“, termo dúbio que, no português atual, pode dar a impressão de que a cruz foi “inventada” em vez de encontrada. Mesmo assim, ainda é frequente em muitas fontes católicas ler a antiga expressão “Invenção da Santa Cruz“, com o sentido etimológico de encontro.

De acordo com o Breviário Romano:

Após aquela insigne vitória que o imperador Constantino obteve sobre Maxêncio, quando recebeu de Deus o sinal da Cruz do Senhor (“In hoc signo vinces“), Santa Helena, mãe de Constantino, tendo recebido uma revelação num sonho, foi a Jerusalém para procurar zelosamente a Cruz. Lá cuidou ela de destruir a imagem de Vênus, em mármore, que, para apagar a memória da paixão de Cristo Senhor, os gentios haviam colocado no lugar da Cruz e que ali permanecera durante cerca de 180 anos. O mesmo ela fez no presépio do Salvador, onde fora posto um simulacro de Adônis, e no lugar da ressurreição, onde haviam colocado um de Júpiter.

Purgado, assim, o local da Cruz, foram encontradas depois de profundas escavações três cruzes, e, à parte delas, a inscrição que havia sido posta sobre a Cruz do Senhor. Como não se sabia sobre qual das três ele deveria ser afixado, um milagre sanou a dúvida. Eis que Macário, bispo de Jerusalém, tendo elevado preces a Deus, levou cada uma das cruzes a três mulheres que sofriam de grave enfermidade, e, enquanto as demais de nada serviram às mulheres, a terceira Cruz, levada à terceira mulher, curou-a imediatamente.

Santa Helena, tendo encontrado a Cruz da salvação, construiu ali uma igreja magnificentíssima, na qual depositou parte da Cruz em urnas de prata, entregando outra parte a seu filho, Constantino, que a levou a Roma, à igreja da Santa Cruz de Jerusalém, edificada no palácio Sessoriano. Ela também entregou ao filho os cravos que trespassaram o Santíssimo Corpo de Jesus Cristo. Naquele tempo, Constantino sancionou uma lei para que, desde então, ninguém fosse condenado ao suplício da cruz, e aquilo que antes era castigo e maldição para os homens passou a ser glória e objeto de veneração.

Cf. Breviário Romano

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