A esmagadora maioria das pessoas enxerga muito menos do que deveriaA imagem acima nos mostra um retângulo branco, dentro do qual há um pontinho cinza.
Um grande retângulo, repleto de uma límpida, clara e serena brancura!
E um detalhe lateral: um pontinho cinza, insignificante, minúsculo, perdido no meio de um espaço limpo incomparavelmente maior.
Mas… pasme o leitor: a esmagadora maioria das pessoas não consegue enxergar esta realidade, mesmo ela sendo tão evidente!
A maioria esmagadora das pessoas enxerga duas possíveis coisas:
- ou enxerga, de modo imediato, o pontinho cinza, como se não houvesse mais nada em todo o retângulo;
- ou simplesmente não enxerga nada, nem o pontinho cinza, nem, muito menos, a brancura de praticamente todo o retângulo!
A “maioria da maioria” foca direto no pontinho cinza. E o “restante da maioria”, ao olhar pela primeira vez, chega a dizer que não está vendo nada no retângulo, nem sequer o pontinho: quando prestam um pouco mais de atenção, enxergam o pontinho cinza e… mais nada!
Só a minoria das pessoas enxerga logo de cara a totalidade da cena: um pontinho cinza, sim, porque ele está mesmo ali, mas também toda a brancura que impera na quase totalidade do retângulo!
Não é um retângulo quase vazio com um pontinho cinza: é um retângulo cheio de brancura, com um pontinho cinza!
A vida da grande maioria das pessoas é cheia de milhões de pontos límpidos, claros, que preenchem um vasto espaço de serenidade e paz – mas com algum pontinho cinza, aqui e ali, que, no geral, é facilmente removível.
Essa maioria se acostumou, no entanto, a direcionar quase toda a sua atenção a esse pontinho cinza, insignificante, minúsculo e facilmente removível – e também se acostumou a não ver que todo o resto do retângulo, em vez de vazio, está cheio de uma brancura límpida, clara e serena!