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Perseguição a católicos: catedral destruída e 15 fiéis sequestrados, incluindo padre e freiras

WEB3-St. Mary_s Cathedral in Marawi City-PHOTO COURTESY OF DONDIE CABIGAS

PHOTO COURTESY OF DONDIE CABIGAS

Catedral de St. Mary’s, Marawi, Filipinas

Agência Fides - publicado em 29/05/17

Covarde ataque foi de um grupo islamista ligado aos criminosos do Estado Islâmico

Os terroristas do grupo islamista Maute, que se declara ligado ao autoproclamado Estado Islâmico, atacaram a catedral católica de Marawi City, nas Filipinas, e sequestraram cerca de quinze pessoas, entre fiéis, um sacerdote e algumas religiosas que rezavam na igreja. A notícia divulgada pela Agência Fides tem como fonte o próprio dom Edwin de la Pena, bispo de Marawi City. A localidade fica na ilha de Mindanao, região sul do país.

Aproximadamente cem ativistas do grupo Maute ocuparam a cidade na semana passada. Em resposta, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, impôs a lei marcial na ilha de Mindanao.

Dom Edwin explicou à Fides:

“Os fiéis estavam na igreja para rezar a Nossa Senhora no último dia da novena [a Maria Auxiliadora]. Os terroristas invadiram a igreja e fizeram todos reféns. Não sabemos para onde os levaram. Entraram também na residência do bispo e sequestraram o vigário geral, o pe. Teresito Soganub. Depois tocaram fogo na catedral e na casa episcopal. Ficou tudo destruído. Estamos muito abalados”.

O bispo se salvou porque estava em visita pastoral a um povoado nos arredores de Marawi. Mencionando as ameaças que a Igreja vinha recebendo ao longo dos últimos meses, ele prossegue:

“Os terroristas ocuparam a cidade. As pessoas estão aterrorizadas e encerradas em casa. Agora estamos à espera da reação do exército. Por enquanto é questão de retomar a cidade com o menor derramamento de sangue possível. Não se fala dos reféns. Acionamos os nossos canais, a Igreja, os líderes islâmicos, e esperamos começar logo as negociações para que eles sejam libertados sãos e salvos.Aconteceu precisamente na véspera da festa de Maria. É a ela que pedimos ajuda. A ela, que é o auxílio dos cristãos, pedimos pela salvação dos nossos fiéis. Só ela pode vir em nosso resgate. Também fazemos um apelo ao Papa Francisco para que reze por nós e peça aos terroristas para libertarem os reféns em nome da nossa humanidade comum. A violência e o ódio só trazem destruição. Pedimos também aos fiéis de todo o mundo que rezem conosco pela paz”.

Em resposta ao ataque, o presidente Duterte interrompeu sua visita a Moscou para regressar às Filipinas e enfrentar a crise. O grupo que invadiu Marawi incendiou até a prisão local e duas escolas.

Enquanto a maior parte dos filipinos é católica, o sul do país tem maioria muçulmana. A ilha de Mindanao sofre há décadas com a ação violenta de um movimento separatista islâmico. A cidade de Marawi, ali situada, tem cerca de 200 mil habitantes, na maioria seguidores do islã.

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