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Trump retira EUA do Acordo de Paris e sugere nova negociação

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Agências de Notícias - publicado em 01/06/17

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O presidente Donald Trump anunciou nesta quinta-feira a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris contra as mudanças climáticas, por considerar que este seja “desvantajoso” para os trabalhadores e os contribuintes americanos.

“A partir de hoje, os Estados Unidos cessarão toda a implementação do Acordo de Paris não vinculativo e os encargos financeiros e econômicos draconianos que o acordo impõe ao nosso país”, afirmou Trump em pronunciamento no jardim da Casa Branca.

No entanto, o presidente procurou deixar a porta aberta, ao afirmar que seu governo está disposto a negociar um novo acordo.

“Então, estamos saindo, mas vamos começar a negociar e veremos se podemos fazer um acordo que seja justo. E se pudermos, isso é ótimo. E se não pudermos, tudo bem. Como presidente, não posso colocar outra consideração na frente do bem-estar dos americanos”, expressou.

Como resultado desta decisão, Trump disse que todos os compromissos não vinculativos adotados pela adesão ao acordo cessarão “a partir de hoje”, com efeito imediato.

– EUA “rejeitam o futuro” –

O ex-presidente Barack Obama, um dos principais artífices do Acordo de Paris, afirmou que a decisão de se retirar do pacto global faz com que os Estados Unidos “rejeitem o futuro”.

“Mesmo na ausência da liderança americana, mesmo que esta administração se una a um pequeno grupo de nações que rejeitam o futuro, estou confiante de que nossos estados, cidades e empresas vão avançar e fazer ainda mais para indicar o caminho e ajudar a proteger o único planeta que temos para as futuras gerações”, disse Obama em um comunicado.

O alcance desta decisão vai muito além da questão climática, visto que dá uma indicação sobre o lugar que os Estados Unidos aspira a ocupar na arena internacional nos próximos anos.

Em um artigo de opinião publicado na quarta-feira pelo Wall Street Journal, dois dos principais assessores do presidente, o general H.R. McMaster e Gary Cohn, asseguraram, em referência ao slogan de campanha, que “Estados Unidos primeiro” não quer dizer “Estados Unidos sozinho”.

Sair do pacto de Paris deixará por muito tempo os Estados Unidos em uma posição desconfortável em nível internacional.

Para Mitt Romney, candidato republicano à Casa Branca em 2012, a decisão terá consequências a longo prazo: “Trata-se também do lugar dos Estados Unidos como líder mundial”.

– Pequim defende o Acordo –

Horas antes do anúncio, a China e a União Europeia defenderam com vigor o Acordo de Paris, que pretende limitar o aumento da temperatura global “abaixo de 2ºC” em relação à era pré-industrial.

“A China seguirá implementando as promessas que fez durante o Acordo de Paris”, disse o primeiro-ministro chinês Li Keqiang em Berlim, após um encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel.

“Mas, certamente, esperamos contar com a cooperação dos demais”, completou.

Pequim foi, ao lado do governo americano de Obama, um dos principais artífices do acordo histórico de dezembro de 2015.

Merkel considerou, em declarações à imprensa, que o acordo é “essencial”.

A Rússia, um dos maiores emissores de gases poluentes e signatária do pacto, afirmou que a ausência de “atores essenciais” poderia complicar sua aplicação.

“A aplicação desta convenção na ausência de atores essenciais será mais complicada, mas por enquanto não há alternativa”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Os representantes da União Europeia adotaram um tom menos diplomático.

Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, considerou inaceitável uma possível retirada de Washington.

“Sou partidário da relação transatlântica, mas se o presidente americano anunciar nas próximas horas que quer sair do Acordo de Paris, o dever da Europa será dizer: isto não é correto”, declarou na quarta-feira.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediu a Trump que permaneça no Acordo de Paris. “Por favor, não mude o clima (político) para pior”, escreveu no twitter.

– Longo procedimento para sair –

O tema dividiu profundamente a cúpula do G7 da semana passada na Itália. Todos os seus participantes, com exceção de Trump, reafirmaram seu compromisso com o texto de Paris.

O artigo 28 do Acordo de Paris permite que os signatários se retirem do pacto, mas apenas três anos após sua entrada em vigor, que se tornou efetiva em 4 de novembro de 2016.

Outra solução, ainda mais radical, poderia ser uma saída da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática.

O objetivo dos Estados Unidos definido pela administração Obama é uma redução de 26% a 28% das suas emissões de gases de efeito estufa até 2025, em relação a 2005.

O ex-presidente democrata, que fez do clima uma das prioridades dos seus dois mandatos, aludia regularmente à “corrida contra o tempo” na que a comunidade internacional se lançou para tentar limitar os efeitos mais devastadores das mudanças climáticas.

(AFP)

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