Segundo o que parece, a vida monástica na Inglaterra católica incluía boas doses de cerveja Uma equipe de arqueólogos encontrou vestígios que podem ser as ruínas de uma fábrica medieval em Lincolnshire, na Inglaterra.
Os registros da Igreja levaram o grupo de pesquisadores à conclusão de que o complexo de edifícios que eles descobriram fazia parte da abadia de Kirstead, um mosteiro cisterciense do século XII, segundo o que informa um artigo do Lincolnshire Live.
O que primeiramente chamou a atenção da equipe foi um par de estruturas retangulares de calcário com lados inclinados que, juntamente ao chão e a chaminé pretejados pela fumaça, indicava que os prédios eram fornos usados para transformar a cevada em malte. Mistério resolvido: os monges fabricavam cerveja.
É pouco o que se conserva das ruínas do mosteiro, que foi tomado pela Coroa depois do Levante de Lincolnshire, em 1.536. Naquele ano, 20 mil católicos liderados por um monge marcharam em protesto contra o fechamento das casas de adoração católica no reinado de Enrique VIII. A revolta foi suprimida, os líderes executados (muitos foram enforcados e esquartejados) e a propriedade foi tomada pelo Estado.
De acordo com o Lincolnshire Live, “os arqueólogos se alegram em saber que há 700 ou 800 anos, monges estiveram naquele local, tomando seus copos de cerveja depois de um longo dia de trabalho na lida de seus rebanhos de ovelha, com interrupções regulares para a adoração e a oração”.
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