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E o arcanjo São Miguel salvou Roma…

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Thomas Wolf

Maria Paola Daud - publicado em 12/06/17

A misteriosa história da ponte de Santo Ângelo em Roma

Fica em Roma uma das pontes mais bonitas do mundo: a ponte Élio, mais conhecida como Santo Ângelo ou ponte dos anjos.

Ela foi construída pelo imperador Adriano, no ano 133, para ligar a parte esquerda do rio Tibre com o que seria seu mausoléu – uma ponte para o futuro “funeral imperial”.

Com o tempo, o mausoléu foi transformado em um castelo, que, em diferentes épocas da história, serviu de refúgio ou prisão para alguns papas. Também ficou famoso pelo “Passeto di Borgo”, um caminho “secreto” ligado diretamente ao Vaticano e que, muitas vezes, foi rota de fuga para os papas que se sentiam em perigo.

Durante muito tempo, a ponte foi utilizada pelos peregrinos para chegar até a Basílica de São Pedro. Por isso, a ponte ficou conhecida como ponte de São Pedro. Anos depois, o papa Gregório Magno deu seu atual sobrenome: Santo Ângelo.

No ano 590 dC, Roma foi devastada pela peste e o papa chamou todo o povo para uma procissão, a fim de rezar pelo fim da terrível praga. Naquele momento, diz-se, o arcanjo Miguel apareceu na parte mais alta do castelo com todo o seu esplendor. Sob o olhar de todos os arcanjos, ele sacou sua espada. O gesto foi interprestado pelo papa como o anúncio do fim da peste.

Imediatamente depois da aparição do arcanjo, a peste deixou de assolar Roma e, para comemorar, o papa mandou colocar uma estátua do anjo em madeira no alto do castelo. A imagem foi sendo substituída ao longo dos anos, até a atual feita de bronze por Peter Anton von Verschaffelt.

A lenda conta ainda que o anjo deixou suas pegadas no mármore do castelo, onde “aterrissou”. O pedaço de pedra ainda existe e pode ser visto nos Museus Capitolinos.

Em 1.699, o Papa Clemente IX pediu a Bernini que desse uma nova cara à ponte – e esta seria a última grande obra de Bernini. Ele programou a construção de 10 anjos que sustentavam os instrumentos da Paixão. Daria forma, então, a uma majestosa via crucis sobre a ponte, que servirira de preparação para o sacramento da reconciliação até chegar à Basílica de São Pedro.

É possível ver os rostos dos anjos serenos pela esperança da Ressurreição.  Mas as imagens originais foram retiradas da ponte, para evitar os estragos provocados pelo tempo. No lugar, foram colocadas réplicas e as originais se encontram na igreja de Sant´Andrea delle Fratte, também em Roma.

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