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UE: detenções ligadas a extremismo islâmico quase dobram em dois anos

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© JOSEPH EID / AFP

Agências de Notícias - publicado em 15/06/17

O número de detenções vinculadas ao terrorismo islâmico quase dobrou em dois anos na União Europeia (UE), informou nesta quinta-feira o Serviço Europeu de Polícia, Europol.

Em 2016, forças de segurança europeia detiveram 718 pessoas suspeitas de crimes relacionados com o terrorismo jihadista contra 395 detenções em 2014.

No entanto, o número de ataques jihadistas caiu de 17 em 2015 para 13 em 2016, seis deles vinculados ao grupo Estado Islâmico (EI), segundo informe de 2017 sobre terrorismo na União Europeia, publicado pelo Europol.

No conjunto da UE, 142 pessoas morreram em atentados no ano passado, 135 delas em ataques jihadistas.

“Nunca ficou tão evidente a necessidade de compartilhar informação como nos dois últimos anos”, declarou Rob Wainwright, diretor do Europol, citado em um comunicado.

Oito países-membros da UE registraram 142 ataques frustrados, desbaratados ou executados: 76 no Reino Unido, 23 na França, 17 na Itália e 10 na Espanha.

O Reuni Unido sofreu nas últimas semanas um atentado em Londres, no qual oito pessoas morreram em 3 de junho, e o ataque de 22 de maio em Manchester, que deixou 22 mortos na saída de um show da cantora americana Ariana Grande.

“As vítimas eram de várias nacionalidades” na London Bridge e no bairro de Borough Market, recordou o comissário europeu de Segurança, Julian King, citado no comunicado.

“Os terroristas não respeitam, nem reconhecem as fronteiras”, acrescentou. “Na nossa vontade de combatê-los, devemos renovar nossa determinação para cooperar, compartilhando nossas informações e nossos conhecimentos”.

As mulheres e os jovens adultos, às vezes até crianças, desempenham “um papel operacional cada vez mais importante na realização de atividades terroristas (…) na UE”, indicou a Europol.

Cerca de um terço dos detidos em 2016 tinha 25 anos ou menos e um em cada quatro (26%) era mulher, contra 18% em 2015.

O Europol informou que um grande número de atentados não tinham qualquer vínculo com o extremismo islâmico. “A maioria dos ataques (99) em que se identificou uma motivação terrorista foi cometida por extremistas etno-nacionalistas e separatistas”.

Grupos dissidentes republicanos na Irlanda do Norte estiveram envolvidos em 76 destes ataques.

E o número de ataques realizados por extremistas violentos de esquerda aumentaram desde 2014, com um total de 27 atentados em 2016, inclusive 16 na Itália, segundo o informe.

O Centro Europeu de Luta contra o Terrorismo do Europol participou de 127 investigações antiterroristas em 2016, “o que dá um indício claro do crescimento da atividade jihadista”, concluiu.

(AFP)

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