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Chile prevê que terá 90% de energia limpa até 2050

E-ELT concept

ESO-L. Calçada-CC

The Cerro Amazones mountain in the Chilean desert, near ESO's Paranal Observatory, will be the site for the European Extremely Large Telescope (E-ELT), which, with its 39-metre diameter mirror, will be the world’s biggest eye on the sky. Here, an artist's rendering shows how the telescope will look on the mountain when it is complete in 2024.

Agências de Notícias - publicado em 29/06/17

Com o crescimento exponencial das energias renováveis no Chile, em particular das fontes não convencionais, autoridades preveem que, até 2050, 90% da matriz energética do país será de origem limpa, anunciou nesta quinta-feira o ministro de Energia Andrés Rebolledo.

A taxa ultrapassa bastante os 70% estipulados pelo governo da socialista Michelle Bachelet, grande fomentadora das energias renováveis desde que chegou ao poder em 2014.

Atualmente, as fontes de energia renováveis suprem 45% da matriz energética dos país, e o ministro estima que, em 2035, serão 60% e, em 2050, 90%.

A criação de um marco regulatório que facilitou os investimentos, “o diagnóstico compartilhado, o esforço coletivo e a visão estratégica conjunta” permitiram o salto quantitativo e qualitativo para substituir combustíveis fósseis por energias que não agridem o meio ambiente, contou ele.

O sol do deserto do Atacama – o mais seco do mundo -, os vulcões, o mar, os ventos e os recursos hídricos fazem parte da estratégia energética.

Cerca de 80% dos projetos desenvolvidos estão no setor de Energias Renováveis Não Convencionais (ERNC), em particular a solar e a eólica, e vão gerar cerca de 5 mil megawatts, anunciou o ministro.

No total, há 105 projetos em andamento, metade deles de energia solar, e outros 179 aprovados, que vão gerar cerca de 13 mil megawatts adicionais.

“Com com 5% da superfície do deserto do Atacama, poderíamos quintuplicar a produção do país”, assegurou Rebolledo.

O maior desafio é a interconexão de todos os sistemas de transmissão – que deve ficar pronta em novembro deste ano – e levar a energia de fontes não convencionais aos centros de consumo, além de garantir eletricidade quando não há sol ou vento.

Ainda assim, o Chile trabalha a integração energética com outros países, sobretudo seus vizinhos Argentina e Peru.

Segundo o último informe do New Energy Finance Climascope, elaborado pela Bloomberg New Energy Finance e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Chile está em primeiro lugar em investimento em energias renováveis e na luta contra as mudanças climáticas na América Latina e no Caribe.

Os investimentos em projetos de ERNC passaram de 1,3 bilhão de dólares em 2014 a 3,2 bilhões de dólares em 2015.

(AFP)

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