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Adolescente cristão é preso sob acusação de blasfêmia contra o islã

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Banaras Khan | AFP

John Burger - publicado em 20/07/17

Ele trabalhava num hospital quando foi acusado de insultar Maomé

Um jovem cristão de 16 anos, que trabalhava num hospital do Paquistão, foi preso sob acusações de ter feito “observações depreciativas” a respeito de Maomé, a quem os muçulmanos veneram como o maior dos profetas.

Segundo a agência AP, a polícia paquistanesa confirmou que o adolescente foi detido por acusações de blasfêmia e transferido “para sua própria segurança”. A prisão ocorreu na cidade de Kharian, na província do Punjab Oriental.

O Paquistão adota severas leis “anti-blasfêmia”, que preveem punições rigorosas a qualquer pessoa que insulte Alá, o islã, o alcorão, Maomé e outras personalidades religiosas. As sentenças podem incluir de chibatadas até a pena de morte.

Organizações de defesa de direitos humanos denunciam há anos que esta lei costuma ser amplamente manipulada para atender a interesses pessoais, o que inclui vinganças de todo tipo, inclusive contra outros muçulmanos. É frequente que a minoria cristã no país seja alvo de acusações de blasfêmia, contra as quais é quase impossível defender-se. Os abusos são facilitados porque até testemunhos sem provas são aceitos pelos tribunais.

O caso de maior repercussão mundial envolvendo as leis paquistanesas anti-blasfêmia é o de Asia Bibi, mãe cristã acusada de insultar o profeta Maomé em 2010. Ela está no corredor da morte e aguarda, presa, o julgamento de um recurso.

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