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Anedotas e confidências em livro sobre viagem do papa à Colômbia

VENEZUELA-COLOMBIA-CRISIS-SHORTAGE

AFP PHOTO / GEORGE CASTELLANOS

Aleteia Imagem - publicado em 04/08/17

A um mês da viagem do papa Francisco à Colômbia, o jornalista colombiano Néstor Pongutá lançou um livro com anedotas e confidências sobre a organização da histórica visita papal que ocorrerá em setembro.

“O livro nasceu da quantidade de histórias e anedotas por trás das notícias durante esses 17 anos cobrindo o Vaticano”, declarou em Roma à AFP o jornalista, que sábado viaja para Bogotá para participar do lançamento.

O autor de “Un tinto con el papa Francisco” se inspira justamente em um curioso e divertido comentário do papa argentino sobre a tradicional xícara de café que os colombianos chamam de “tinto”, para descrever a personalidade de Francisco, sua incrível memória, e principalmente o seu “papel silencioso” a favor dos acordos de paz da Colômbia, assinados em 2016.

“O planejamento para a sua viagem começou desde o dia 13 de março de 2013, quando ele foi eleito. O primeiro a convidá-lo foi o cardeal Rubén Salazar, o único colombiano que participou de sua eleição. Quando foi parabenizá-lo, lhe disse: ‘Santo Padre, a Colômbia precisa de sua presença’”, lembra o jornalista, correspondente de uma emissora do seu país.

O livro, impresso pela editora Planeta e com prólogo escrito por Julio Sánchez Cristo, entre outros detalhes revela sobre o inédito encontro do papa como mediador entre o presidente Juan Manuel Santos e o ex-presidente Alvaro Uribe, que foi concluído sem reconciliação entre eles.

“O papa entendeu que o país estava muito polarizado e que havia muito a se fazer para que se chegasse a uma reconciliação. Talvez por ele o lema da visita é ‘Demos o primeiro passo’, comenta Pongutá.

O autor, durante quase dois anos de preparação, entrevistou personalidades importantes do Vaticano e da Colômbia, começando pelo secretário de Estado da Santa Sé, o cardeal Pietro Parolin e o ex-chefe negociador do governo colombiano no processo de paz com a guerrilha das FARC, Humberto de la Calle, além de religiosos, diplomatas e especialistas.

“O papa não vem apoiar a mim ou ao meu governo, a não ser nos ajudar, como diz o lema de sua visita, a dar um primeiro passo até uma reconciliação do país”, conta Pongutá sobre o que lhe disse o presidente Santos sobre a viagem papal.

Francisco, que visitou a Colômbia pela primeira vez em 1970, chegará no dia 6 de setembro a Bogotá, e visitará Villavicencio, Medellín e Cartagena, de onde voltará no dia 10 de setembro a Roma.

(AFP)

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