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Santa Helena, a mulher que encontrou a Cruz de Cristo

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Aleteia Brasil - publicado em 18/08/17

Ela é mãe de Constantino, o primeiro imperador romano a se converter ao cristianismo

No dia 3 de maio, a Igreja católica celebra a data em que Santa Helena encontrou a Santa Cruz de Cristo. Trata-se de uma celebração simbólica, porque existem controvérsias quanto à data histórica exata em que foi de fato identificada a “Vera Cruz“, como foi chamada a verdadeira Cruz em que Jesus foi morto no Gólgota.

As buscas que culminaram no encontro da Santa Cruz tinham sido promovidas com grande empenho por Santa Helena, a mãe de Constantino, o primeiro imperador romano a se converter ao cristianismo.

Devemos começar o relato falando dessa conversão. Ao pôr-do-sol de 27 de outubro do ano de 312, Constantino tinha visto no céu, na Ponte Mílvio, as letras X (khi) e P (rho) do alfabeto grego, e, junto com elas, uma cruz com a seguinte inscrição em latim: “In hoc signo vinces” (“Com este sinal vencerás“). Tratava-se de dois símbolos cristãos – a cruz e as letras X e P, pronunciadas respectivamente “kh” e “r”, que são as duas primeiras letras do nome de Cristo em grego.

Constantino mandou gravar o símbolo nos escudos dos soldados e, ao dia seguinte, dia da batalha, derrotou Maxêncio e se tornou o único imperador no Ocidente. Foi Constantino quem promulgou o Edito de Milão, em 313, tornando legal em todo o império o cristianismo que até então era clandestino e perseguido. E foi ele, também, quem construiu a nova capital cristã do império: Constantinopla, inaugurada no ano 328.

Voltemos então a Santa Helena:

Após aquela insigne vitória de Constantino sobre Maxêncio, quando ele recebeu de Deus o sinal da Cruz do Senhor (“In hoc signo vinces“), Santa Helena, sua mãe, foi a Jerusalém para procurar a Cruz de Cristo.

Segundo o breviário romano:

Lá cuidou ela de destruir a imagem de Vênus, em mármore, que, para apagar a memória da Paixão de Cristo Senhor, os gentios haviam colocado no lugar da Cruz e que ali permanecera durante cerca de 180 anos. O mesmo ela fez no presépio do Salvador, onde fora posto um simulacro de Adônis, e no lugar da ressurreição, onde haviam colocado um de Júpiter.

Purgado, assim, o local da Cruz, foram encontradas depois de profundas escavações três cruzes, e, à parte delas, a inscrição que havia sido posta sobre a Cruz do Senhor. Como não se sabia sobre qual das três ele deveria ser afixado, um milagre sanou a dúvida. Eis que Macário, bispo de Jerusalém, tendo elevado preces a Deus, levou cada uma das cruzes a três mulheres que sofriam de grave enfermidade, e, enquanto as demais de nada serviram às mulheres, a terceira Cruz, levada à terceira mulher, curou-a imediatamente.

HELENA
Public Domain

Santa Helena, tendo encontrado a Cruz da salvação, construiu ali uma igreja magnificentíssima, na qual depositou parte da Cruz em urnas de prata, entregando outra parte a seu filho, Constantino, que a levou a Roma, à igreja da Santa Cruz de Jerusalém. Ela também entregou ao filho os cravos que trespassaram o Santíssimo Corpo de Jesus Cristo. Naquele tempo, Constantino sancionou uma lei para que, desde então, ninguém fosse condenado ao suplício da cruz, e aquilo que antes era castigo e maldição para os homens passou a ser glória e objeto de veneração.

Santa Helena é celebrada pela Igreja no dia 18 de agosto.

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