Aleteia logoAleteia logoAleteia
Quinta-feira 21 Setembro |
São Tomé Tran Van Thien
Aleteia logo
Estilo de vida
separateurCreated with Sketch.

Como eliminar uma barreira muito comum à conquista da felicidade

WEB-WOMAN-SLIM-MEASURE-MEASURING-WASTE-DIET-HEALTH-shutterstock_124151698-Pressmaster-AI

Shutterstock-Pressmaster

Alexandre Ribeiro - publicado em 12/09/17

O invejoso é infeliz porque, em vez de sentir prazer com aquilo que tem, sofre por tudo aquilo que os outros têm

Um lindo casal entra no metrô. A mulher se veste com elegância: salto alto, unhas e cabelos perfeitos. O marido usa um terno impecável. A pele bem cuidada e a expressão confiante de ambos chamam a atenção. A maioria dos passageiros analisa o casal com o canto dos olhos. Algumas mulheres pensam: “como seria bom se eu fosse tão bonita e elegante como ela”. Já outros homens imaginam: “como seria bom se eu fosse tão jovem e confiante como ele”.

Seja entre desconhecidos, entre vizinhos, no trabalho ou na escola, a comparação é sinal de uma característica lamentável da condição humana: a inveja.

O filósofo Bertrand Russell chegou a considerar a inveja uma das causas mais poderosas de infelicidade. O invejoso é infeliz porque, em vez de se satisfazer e sentir prazer com aquilo que tem, sofre por tudo aquilo que os outros têm.

A inveja, que inicia com uma comparação aparentemente inofensiva, acaba levando o invejoso a querer causar dano àqueles que, aos seus olhos, parecem mais bem-sucedidos.

Em suas formas mais graves, a inveja conduzirá o invejoso até mesmo a causar o dano, desde que ele veja a possibilidade de sair impune do mal que quer provocar.

Em seu extremo, “se puder, o invejoso privará todos os demais de suas vantagens, o que para ele é tão satisfatório quanto conseguir essas mesmas vantagens para si”, diz Russell.

Se o invejoso abrir caminho para o seu vício, acabará por “ser nocivo a tudo o que seja excelente, inclusive para as aplicações mais proveitosas das aptidões excepcionais”.

Segundo o filósofo, a inveja é um vício que consiste em nunca ver as coisas como elas são, mas em sempre compará-las umas às outras. Mas, as comparações do invejoso são absurdas e tolas, pois de que adianta descontentar-se diante do aparente sucesso e bem-estar do colega, parente ou vizinho? “Para o sábio, o que temos não deixa de ser agradável, porque outros têm outras coisas mais”.

O primeiro passo para lutar contra a inveja é parar com a mania de fazer comparações. “Quando nos acontece algo agradável, é preciso desfrutá-lo plenamente, sem perder tempo, pensando que isso não é tão agradável como alguma outra coisa que esteja ocorrendo com outra pessoa”, afirma Russell.

Basta pensar que a primavera na Sicília seria tão mais bonita do que a daqui para que o nosso sol e os nossos pássaros percam o encanto. E assim nasce um desgosto que, pouco a pouco, pode transformar-se em ódio velado por aqueles que desfrutam da maravilhosa primavera na Sicília.

Segundo Russell, a inveja nasceria do acúmulo de privações e contratempos sofridos desde a infância, como, por exemplo, a falta de afeto e confiança. “Há certos tipos de felicidade a que todos têm direito por nascimento, e aqueles que se veem privados disso tornam-se mais tarde ressentidos e amargurados”.

Ele indica dois remédios contra a inveja. O primeiro é a admiração. Quem busca aumentar a admiração acaba por reduzir a inveja. O segundo é a disciplina mental. Deve-se cultivar o hábito de não ficar remoendo pensamentos inúteis.

“Para encontrar o caminho que lhe permita sair desse desespero, o homem civilizado precisa desenvolver seu coração, assim como desenvolveu seu cérebro. Deve aprender a transcender a si próprio e, com isso, alcançar a liberdade do universo”, diz Russell.

(Via Jornal O São Paulo)

Tags:
DepressãoFelicidadeinvejaPecadoValores
Apoiar a Aleteia

Se você está lendo este artigo, é exatamente graças a sua generosidade e a de muitas outras pessoas como você, que tornam possível o projeto de evangelização da Aleteia. Aqui estão alguns números:

  • 20 milhões de usuários no mundo leem a Aleteia.org todos os meses.
  • Aleteia é publicada diariamente em sete idiomas: inglês, francês,  italiano, espanhol, português, polonês e esloveno
  • Todo mês, nossos leitores acessam mais de 50 milhões de páginas na Aleteia.
  • 4 milhões de pessoas seguem a Aleteia nas redes sociais.
  • A cada mês, nós publicamos 2.450 artigos e cerca de 40 vídeos.
  • Todo esse trabalho é realizado por 60 pessoas que trabalham em tempo integral, além de aproximadamente 400 outros colaboradores (articulistas, jornalistas, tradutores, fotógrafos…).

Como você pode imaginar, por trás desses números há um grande esforço. Precisamos do seu apoio para que possamos continuar oferecendo este serviço de evangelização a todos, independentemente de onde eles moram ou do quanto possam pagar.

Apoie Aleteia a partir de apenas $ 1 - leva apenas um minuto. Obrigado!

PT300x250.gif
Oração do dia
Festividade do dia





Envie suas intenções de oração à nossa rede de mosteiros


Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia