“Alguma hora, o Dia Internacional da Luta pelo Direito ao Aborto vai ser apenas um erro no calendário. E que eu viva para vê-lo”28 de setembro é uma data considerada por certos grupos abortistas como o Dia Internacional da Luta pelo (assim chamado) “Direito” ao Aborto. O choque de haver uma data dedicada a tornar natural e “celebrável” o assassinato de bebês é comentado neste artigo de 2011, escrito por Barbara Gruszka-Zych e publicado originalmente no site católico polonês Gosc.pl. Oferecemos a seguir uma tradução:
Erro no calendário
Desde manhã que ouço na mídia que 28 de setembro é o Dia Internacional da Luta pelo Direito ao Aborto. Celebrar o dia do direito à morte? Não é horrível?
Aqueles cujas mães lutaram pelo “direito de matar” já morreram. Quantos são? Estatísticas podem ser feitas, mas nenhuma delas inclui o horror relacionado com a morte desses seres pequenos e inocentes. Cada bebê não nascido e morto é o início de uma grande tragédia na sua família e na família humana em geral. Um mundo cujos habitantes exigem o direito de matar as crianças concebidas é um mundo perdido.
E não serve de nada anestesiar-se com palavras-chave como as proclamadas pelas senhoras da Federação para a Mulher e o Planejamento Familiar [da Polônia], pela boca da sua diretora Wanda Nowicka: “Todos queremos que cada criança que nasça na Polônia seja uma criança querida, amada e esperada. E que possamos garantir o melhor a ela. Apenas um acesso total à contracepção pode limitar de maneira real os números do aborto. A proibição do aborto não influi no número de interrupções, apenas na sua segurança“.
Parece que isto é o mais importante para o conforto da mulher e das eventuais crianças por elas selecionadas. E o que é que pode garantir isto? A contracepção, o aborto! Tão simples que até dói. Contracepção segura, aborto seguro… Como é insegura a vida num mundo onde as mães se “protegem” desta forma contra a chegada dos seus filhos! Contra esta chegada que é melhor chamar de “acidente”!
Por ocasião do Dia Internacional da Luta pelo Direito ao Aborto, essa Federação criou um jogo de tabuleiro chamado “Erro”. Ele mostra as possibilidades que uma mulher tem quando “surge” uma gravidez inesperada. “Nele também estão os obstáculos que podemos encontrar na nossa realidade, como, por exemplo, um médico que não quer dar uma receita alegando objeção de consciência“, disse Wanda Nowicka.
Felizmente, existem ainda esses obstáculos. Nesses “obstáculos” colocados por médicos, mães ou, melhor ainda, por toda a sociedade, é que temos a esperança. Tenho esta esperança porque acredito nas pessoas, porque acredito que, alguma hora, o Dia Internacional da Luta pelo Direito ao Aborto vai ser apenas um erro no calendário. E que eu viva para vê-lo.
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Barbara Gruszka-Zych